morre toda hipótese de ar dentro de mim
toda a hipótese de inalar qualquer coisa parcida comigo mesmo
as cortinas estão fechadas e a culpa é minha
sufocada na minha lama
empanturrada da minha própria farinha
cansada, nem sei se essa é a palavra exata
pra separar de mim o que me prende a essa fumaça
o que mais sinto é um corroer incessante
da minha traça
aquela que alimentei com meu sangue azedo
com meus dedos ásperos
com meu sexo frígido
com todo o tipo de enfermidade
e promiscuidade
desalmalda
de um animal
no cio
esporro minha coqueluche
as minhas agudas e tristes
secreções
minha falta de ar
o silencio das minhas canções
terça-feira, 21 de junho de 2011
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