sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Eu também, mas não sei o que

Às vezes me perco no balanço dos ônibus, algumas vezes choro feito uma tola sentada no motor desses transportes lotados, e toda aquela gente que me olha, completa estranha, tenho medo de alguém perguntar "por que choras?" E não saberei falar. Ultimamente tenho chorado pouco e sorrisos menores ainda. Só lembro de estar cansada de não-sei-o-que, mas cansei. Alguns dizem é besteira, e outros pensam que eu sou fraca, mas a verdade é que estou cansada, e desse não-sei-o-que eu já sei que basta.

Algumas vezes o dia está tão quente, sinto vontade de viajar. Não para uma cidade ou um país distante, mas para algum novo planeta que até então seria desconhecido em nosso sistema solar.
Perco-me contando estrelas, imaginando luzes de pisca-pisca, faço anotações em papel toalha, perco-me em todos os cadernos esquecidos dentro do meu armário. E então finjo que estou dormindo com a televisão ligada, só para fazer de conta que durante a noite é isso que faço.