domingo, 6 de dezembro de 2009

A sensação de ser uma pessoa substituta:

Quando alguém aparece precisando de você, dorme na sua casa com a sua roupa de dormir, passa dias e dias fazendo tudo aquilo que você faz, viaja com você para vários lugares, ônibus, estações, trens, as mesmas músicas, as mesmas comidas; Mas no fundo tudo isso é vazio, tudo isso não faz sentido. Não importa, não importa, não importa, não quer admitir o cargo de pessoa-substituta.
Mas você sabe, não sabe? Tão logo, já não é mais precisada.

Não dá pra saber o que ficou de você, se é que algo ficou, porque alguém levou algo verdadeiro seu, e sem ao menos pedir, não era necessário: você simplesmente deu, doou. Dói quando alguém joga fora tudo que podíamos dar, não é?

Tente qualquer coisa agora: caminhadas, yoga, aulas místicas, parar com as drogas, drogar-se mais ainda, ler livros cafonas, meditação, fugir, voltar, uma nova identidade, ah...nada vai mudar. Qual é mesmo seu nome?

[...]

Continuará sendo uma pessoa para preencher lacunas.