quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dia de quem?

Alguém botou na minha cabeça que não sou capaz de fazer nada. Nem aquilo que me dediquei a fazer desde criança. Alguém me disse que não tenho força de vontade, que sou um verme em cima do cocô do cachorro.


E eu, nada mais fiz do que acreditar. Acredito não ser possível desenvolver nada. Me fechei num casulo apertado, onde não há espaço para fazer absolutamente nada. Não ouso sair. Tenho medo. 
Às vezes penso em voltar a escrever. Mas desisto assim que me deparo com meus diários dos últimos 10 anos, com cadernos completos de histórias medíocres; dou meia volta e me lembro, "Thaïs, você não pode fazer nada. Esta presa na mesmice, está presa e não pode se mexer."


É assim que decidi escrever um livro. Ele, de fato, não será uma grande novidade pra ninguém que entra aqui, minha intenção não será vender alguns 5 exemplares, mas sim, imprimir em corpo físico a vida deste blog, a vida dos meus diários, a vida da minha doença, nem um pouco aficionada. Um dia, hei de começar, mas agora...agora não.

Então, li em algum lugar que hoje é o dia dos escritores. Sou fascinada por eles e por suas vidas, mais até, que por suas obras. Então, quando eu tinha 9 anos de idade, decidi que queria ser como eles, mas vejam o que me torno a cada dia que passa, uma criatura insípida, jorrando anedonia e distração.


sábado, 21 de julho de 2012

Contando até cem

O eco do mundo é como uma bela privada entupida
O som que chega ao ouvido é o estridente cheiro de merda

Comamos o almoço, caguemos nossos jantares
impiedosos satíricos
engolem a seco na garganta
o que jamais irão desfrutar
a maioria dos paladares

Nada mais sou do que um gelo em chamas