quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Velho Hábito.

ENTERROS SÃO FARSAS CERIMONIAIS
E OS MEUS, BEM, ELES SÃO OS MELHORES.


E então um dia, o amor morre. Ele fica doente antes? Não sei, e como saberia?
Domingo é o enterro, não sei bem se devo ir de preto. Está fora de moda. Não, preto nunca sai da moda. Amor sim. Super fora de moda. Caí no ridículo de amar. O que faço eu, agora? Não sei, e como saberia? Cor-de-rosa seria muito alegre para um enterro?

E era como eu já dizia:
Enterros são...

domingo, 20 de dezembro de 2009

A Praça da República dos meus sonhos

"A estatua de Álvares de Azevedo é devorada com paciência pela paisagem de morfina

A praça leva pontes aplicadas no centro do seu corpo
E crianças brincando na tarde de esterco
Praça da República dos meus sonhos
Onde tudo se fez febre e pombas crucificadas
Onde beatificados vem agitar as massas
Onde Garcia Llorca espera seu dentista
Onde conquistamos a imensa dossolação dos dias mais doces
Os meninos tiveram seus testículos espetados pela multidão
Lábios coagulam sem estardalhaço
Os mictórios tomam lugar na luz
Os coqueiros se fixam onde o vento desarruma os cabelos
Delirium Tremis diante do paraíso
Bundas glabas sexo de papel
Anjos deitados nos canteiro cobertos de cal
Água fumegante nas privadas
Cérebros sulcados de acenos
Os veterinários passam lentos, lendo Dom Casmurro
As jovens pederastas embebidos em lilás
E putas com a noite passeando em torno de suas unhas
Há uma gota de chuva na cabeleira abandonada
Enquanto o sangue faz naufragar as corolas
Oh, minhas visões
Lembranças de Rimbaud
Praça da República dos meus sonhos
A última sabedoria debruçada numa porta santa".

[R.Piva]

-

LINDO! LINDO! LINDO! LINDO!


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eu nunca conheci alguém como você antes.

No fundo, de fato, eu gosto demais de você para colocar a realidade como ela é. Eu não quero ver, não quero acreditar em nada que não seja o mundo e todo o resto eterno, porque tudo que está girando ao meu redor agora é a sua presença, a sua doce presença.
Frenético, dança frenético, noites de sono perdidas; O amor: uma parte de mim que se multiplica.
Você é o que eu posso ver em mim sem estar diante do espelho. Grandes olhos castanhos, cigarros amassados no bolso, copos de martini, unhas quebradas, auto-suficiência é um erro, será que somos um erro? Um grande erro dos Deuses?
Estamos correndo o perigo que gostamos de correr, nossos excessos, nosso palco é a desculpa de todos para viver uma vida infeliz e monótona, e agora eu tenho certeza, nós podemos aproveitar um pouco melhor o que nós temos.



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A parte que me toca

Eu não posso poupar-me de sofrer porque não posso poupar-me da perda. E a perda é a coisa mais liquefascistóide que preciso lidar. A propósito, isso causa-me um espanto e tanto! Perder coisas, tanto faz se deploráveis, don´t care, baby - perdendo, não é? - D-Ó-I.

As dores são tão clichês às vezes... Na essência. Os sonhos faltam-me agora, e essa é a verdade. Uma incontinência contínua, o mundo transformando-se em plano de fundo para todas as desgraças cotidianas, domingos virando segundas, segundas: terças; E eu?

Perdendo tempo, perdendo algo importante ou não, Perdendo um ar vazio de estupidez. Eu estou perdendo todo meu sangue agora.

Não sou nem um pouco adequada.
Chamem outra pessoa.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Oito de Dezembro.

- Hey Jim, não é seu aniversário, cara?
- Apaguem as luzes, pode ser?

[Dá um gole de uísque]

O filme começará em cinco minutos - a voz anunciou
Quem não entrou, pode esperar pela próxima sessão.
Seguimos lentamente, pelo corredor
O auditório era grande e silencioso.
- O filme não é novo, já foi visto várias vezes. Nascimento, vida e morte, vocês já sabem o resto.

Sua vida era boa quando morreu?
Boa o bastante para um filme, hã?


[Boa o bastante para um filme]

domingo, 6 de dezembro de 2009

A sensação de ser uma pessoa substituta:

Quando alguém aparece precisando de você, dorme na sua casa com a sua roupa de dormir, passa dias e dias fazendo tudo aquilo que você faz, viaja com você para vários lugares, ônibus, estações, trens, as mesmas músicas, as mesmas comidas; Mas no fundo tudo isso é vazio, tudo isso não faz sentido. Não importa, não importa, não importa, não quer admitir o cargo de pessoa-substituta.
Mas você sabe, não sabe? Tão logo, já não é mais precisada.

Não dá pra saber o que ficou de você, se é que algo ficou, porque alguém levou algo verdadeiro seu, e sem ao menos pedir, não era necessário: você simplesmente deu, doou. Dói quando alguém joga fora tudo que podíamos dar, não é?

Tente qualquer coisa agora: caminhadas, yoga, aulas místicas, parar com as drogas, drogar-se mais ainda, ler livros cafonas, meditação, fugir, voltar, uma nova identidade, ah...nada vai mudar. Qual é mesmo seu nome?

[...]

Continuará sendo uma pessoa para preencher lacunas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Despersonalização

As flores não fazem diferença, nem a rua, nem a estrada, tudo parece igual e vazio, tudo parece sem sentido. Não sei mais quem são as pessoas, e quem sou eu? Quem o quê?
É isso: Torço para existir, para deixar de existir. Um soco no estômago para ver se eu fulmino! Será que funciona? Nem cocaína e nem coca-cola, frascos de vidro perfume ou de lítio. - Engolir com uísque todos os comprimidos - Tudo fica vazio depois de umas horas, complexo das horas, "cinza das horas", não adianta fingir, omitir, palavras vazias, sexo noturno sempre distrai, chocolate, sorvete, seringas: comprá-las aos montes; manter suas veias nas minhas atrai, chorar sem motivo, quem tem motivo? Gastar dinheiro, roubar, café resolve, resolve o quê? Vomitar pra emagrecer, comer para esquecer, andar para suar, banho para acalmar.



segunda-feira, 30 de novembro de 2009

[Esgotada]

[______________________]



-A VOZ GRITA EM SILÊNCIO
NESSA TARDE QUENTE E INESGOTÁVEL
UM ANESTÉSICO OU UMA PORRADA
TANTO-FAZ-TANTO-FAZ.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Me mostro.

Meus extremos. Tão logo viram rascunho. Não me arrependo, só não tolero. Exibir afeta demais, não devo me expor em uma vitrine-humana para lobos famintos - ou talvez eu seja um lobo faminto, de certo modo sim. Tudo em mim é em grande quantidade, e isso é realmente necessário. Não importa se é doloroso: é carnal. Não importa se é desgostoso: é real.
E o melhor de mim é feito de carne e de verdades.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Desabar - Desaba-far.

Quantas vezes será necessário você ouvir isso? Que você não passa de um velho RIDÍCULO, que não tem NINGUÉM e nunca terá, porque as pessoas que você cultiva são todas vampirescas, pessoas que NÃO GOSTAM DE VOCÊ...
Aprende a ser GENTE antes de morrer, porque senão em vez de progredir, você vai reencarnar como lagartixa, como barata, qualquer coisa assim, porque QUALQUER mamífero é mais evoluído espiritualmente do que você...
Toda vez que sentir pena de você, vou ler isso aqui e me lembrar que você não é digno desse sentimento pois tudo de ruim que acontecer com você não será por acaso.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cocktail

HOTEL RESTAURANT BAR
A cadeira guincha Garçom
No espelho ‘Experimente nosso COCKTAIL’
Champagne cocktail
Gin cocktail
Whisky cocktail
Álcool
Absinto
Açúcar
Aromáticos
Sacode num tubo de metal
É frio estimulante e forte
Cocktail
Cocteau
Cendrars [...]

---> L. Aranha.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

maltratar-me

metade coragem, metade incapacidade. VÊ se enxerga quem eu sou PORRA.

- ARRANHAM. MARTELAM. MATAM. FRAQUEJAM.-

ENJÔO, AJOELHO, FINJO NÃO TE AMAR MAIS PARA VER SE É EFICAZ.

CONTINUO NO JOGO DO NADA IMPORTA-E-TANTO-FAZ.


[quero TANTO falar com você, mas o telefone está fora do gancho]


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

quero e vou te esnobar.

Me perdoa, benzinho, mas acho que não sei amar
Me perdoa, docinho, tô cansado de estar sem ar.
Minhas preces nunca foram atendidas
e acho que só por gozação.
Alguém cutucou minhas feridas
e agora eu sou só confusão.

Me perdoa benzinho, você é só mais uma paixão
Me perdoa docinho, pra que sonhar, se tudo o mais é ingratidão?
Eu sou só um menino, um coração em pedacinhos
Deixo o telefone fora do gancho, e se você precisar falar
Se você precisar falar...
Eu vou te engasgar com um não.


Não cometa o mesmo erro,
Vai com tudo e perde o medo,
vê se entende pequena
Nem tudo na vida é exagero.
-

Vida é a sobra crua.

DE UM GRAND PEDAÇO DE ANIMAL MORTO. O FRACASSO É O ENTULHO DENTRO DA GELADEIRA. COMAMOS SEM UM PINGO DE NOJO. FAZ BEM A SAUDE

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Rimbaud cabaretier

O sexo é enlatado como sardinha ou milho no mercado e há uma prateleira diversificada, meu caro. Compre o que quiser, está na promoção! Sodomia, prostitutas frias, violência ou aberrações.



segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sabia


O nome a todas as formosas,

Que amava muito mais que vendia mais

Embrulhadas todas em papel de seda,

Mantos de cores nacionais...

Morfina

Cocaína

Benzina

Aspirina

Quina

Sina

Atropina

Examina

Gelatina

Heroína

Fenacetina

Antipirina

Papaína

Exalgina

Digitalina

Aconitina

Estricnina

E tantas outras que não me lembro mais!

(...)



[L. Aranha.]

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

do ponto de vista do fundo.

Sozinho em um sanatório particular, em carne viva. Aprendi com Artaud a ser Deus e Diabo, a pouco me importar com a Virgem Maria. As chagas doem agora em meus pulsos azulados, fiz para sentir somente a dor da ferida. Ainda estou intacto em minha sujeira interna e agradeço a ardência em meus poros. Entendam que a clemência faz parte da minha demência. Cortei qualquer laço imundo com aqueles que diziam me amar. Ah. Amam porra nenhuma, ninguém tem culhão, bando de brochas só sabem fracassar. Antes de mais nada, piedade vem sem vírgula, aprendam.

Preciso me afastar de toda essa convulsão mental.
Desejo partir, mas para onde?
com toda a minha insatisfação, a minha gonorréia sentimental, com todo meu sadismo e imperfeição.
Talvez fazer-me morto já seja bastante significativo a todos.
Que eu possa dobrar meus joelhos na poça sangüínea dos meus irmãos, sem nenhum remorso, sem nenhum perdão.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

É por isso que sou assim.

você não faz com que eu me sinta especial, é por isso que eu preciso da minha injeção de tramal e colocar na vitrola amarela o vinil da France Gall.




[Ah, se você entendesse...]

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Maníaco-obsessivo-compreensivo



Você é minha pessoa preferida.


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Não me deixe fraquejar e nem chorar por você.


Sexo, gozo e bosta. Por que ninguém me disse que amar era só isso?



De todos os jeitos possíveis, é tudo que sentimos. Quando alguém precisa de nós, é só isso que temos para dar.
Eu te amo, de qualquer modo, quer dizer: quero te foder.

Olhe para nosso inverso apodrecido. Mentimos mas não ligamos, continuamos com nossas caras sujas e estúpidas. É o que eu quero dizer, entendeu? Isso não muda. É o máximo, não é?
Prometemos e depois cuspimos, foi o que nos ensinaram a fazer.

A palhaçada está no oxigênio, respiremos todo o circo.
É tudo que temos em mãos, unemo-nos irmãos!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Delinquente não chora.

[Terror, patologia, sadismo, rejeição, uma porra de peito sem nada dentro. É, eu disse NADA. nenhum motivo para chorar e todos para foder. Foder com a festa toda. Com a festa de todos vocês.
De repente hoje, acordo assustada: uma coisa grita dentro de mim, e não consigo colocar pra fora. Sonho com gente morta, gente minha, que parece agora que nunca foi. Ele entra em mim pelo meu cérebro, e o espaço está destruído. Talvez isso nunca tenha existido fora de mim, e ninguém sabe a frustração que sou por dentro]

...preciso expulsar a dor de não conseguir sentir a sua partida!

Lembro do dia da tua morte, eu estava tão elétrica quanto patética. Ligaram para me avisar que todos os camarões já tinham comido a tua pele, e eu não conseguia nem ao menos chorar. Nem ao menos chorar.
Os dias passam e toda a noite é igual: você aparece me chamando de sua pequena garota, como antigamente eu sempre fui.
Metade de você, meu benzinho, e você de mim. Talvez eu não volte mais ao normal, porque nunca existiu essa norma, porque tua morte grudou em mim, e preciso escrever isso porque não consigo admitir.
Sinto a tua falta, preciso lembrar que te conheci, preciso lembrar que já peguei em você, já senti sua respiração, já beijei a sua boca.
E você não está mais aqui, pelo menos não de dia. Algumas noites afirmam teu caixão lacrado. Outras, sua doçura em me chamar de amore. Lembra desses dias quentes, expulsos, você e eu? dentro do banheiro.
Não deveria escrever isso, mas sou escritora das aberrações que cabem somente dentro do meu âmago, sou pura, pecadora, te amei e te amo, amém.





























.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

People who die, die, die.

Nossa, fiquei sabendo de uma coisa muito triste, o meu mundo perdeu mais uma pessoa especial: James Dennis Carroll.
Jim Carroll morreu o mês passado, no dia 11, por causa de uma parada cardíaca, e só agora fui saber disso. Estou realmente triste.
Jim era um poeta nato, e como todos os natos, ele tinha uma alma inocente, plena.

"Quando eu tinha nove anos, cara, percebi que a coisa mais importante não era fazer o que você estivesse fazendo de forma fantástica, mas parecer fantástico enquanto você está fazendo isso"

E agora, quem o espera no fim-do-túnel? - Espero que essa seja uma das viagens lindas, Jim.
[...]
Só me resta dizer que Jim Carroll ainda vive em mim.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Por que não ganho fama e nem dinheiro??

(HAHAHAHA...)
Bom, vou contar uma história muito inútil, mas, há muito estou com vontade de contá-la, então, aí vai:
Em 2003 eu fiz um blog chamado "KILLING MOON" o endereço era: www.killingtime.weblogger.com.br, e eu o apelidei de Killing Time.
Nele, eu escrevia coisas muito toscas que estavam acontecendo comigo na época, alguns textos sem sentido, assim como faço aqui hoje em dia. Eu então inventei uma personagem que escrevia lá, chamava-se "h.e.r.o.i.n.a" (com esses pontos entre as letras)
A H.e.r.o.i.n.a, por sua vez, tinha um perfil nesse blog, e esse perfil era o seguinte, meus caros leitores:

"h.e.r.o.i.n.a

não tenho planos
mas sim sonhos
não bebo
injeto
não choro pouco
tenho crises
não falo alto
eu grito
não sou chata
sou histérica
não sou louca
sou neurótica
não escrevo palavras
escrevo minhas veias
não sou bitch
sou slut
amo e odeio a dor
fujo
mas ela sempre me encontra
metrôs...
Station to Station
track 5 trilha de Christiane F.
Bahnhof Zoo,bahnhof dos sonhos
Estação Armenia
espero por ele...
Estação Parada inglesa
pinto as unhas de vermelho
Estação Tucuruvi
volto pra casa sem dizer adeus
Estação república
galeria dos sonhos
cigarros de cravo
valium

estrelas
sexta feira

lua
medo?
a morte não é suficiente"

Enfim, nessa época eu tinha um amigo muito querido, chamado Vermão, que até hoje tem um blog com o maior material disponível na internet a respeito da Christiane F. Ele traduzia muitas matérias de revistas e jornais do alemão para o português, disponibilizou na rede muitas das fotos que conhecemos da Christiane hoje em dia, e no seu blog (que possui 5 arquivos) ele recomendou o blog "underground" de uma amiga sua "h.e.r.o.i.n.a do killing moon, e Thaís Morrison do "flores do mal".
Para divulgar meu blog, Vermão colocou meu perfil em forma de poesia, e acredito que isso também ajudou bastante para espalhar esse meu textinho infame. Durante muitos anos escrevi no killing time, que depois arquivei em "beat heart".
No final de 2007, infelizmente a Weblogger saiu definitivamente do ar após inúmeras mudanças, e meus blogs foram para todo o sempre extintos da face da Terra. Esse texto curiosamente ficou famoso internet a fora, e eu não sei bem por qual razão. Algumas pessoas colocam créditos a mim, outras colocam que o texto foi escrito pela Christiane F (isso é tão engraçado! hahaha) Vi até um blog onde esse texto é uma espécie de carta: "Babsi para a Christiane" HAHAHAHA...
O fato é que, quando uma coisa se espalha assim, as pessoas vão trocando as palavras, vão inventando coisas, e aí aconteceu o que eu vejo hoje: meu texto estampado em centenas de perfis de orkut, em fotologs e em blogs, e muitos, a maioria deles, sem dizer que é meu. Agora repito a pergunta do título: Por que não ganho fama e nem dinheiro com isso? - Respondo: Porque devo ser uma loser como John Fante, só pode. HAHAHAHAHA...

Abaixo, alguns dos muitos links que achei na internet, que disponibilizam meu texto:

texto está em "esportes"


3.http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=16839961848073222533 ->perfil de orkut, esse em quem sou eu.

4. http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=18767210 comunidade sobre a Christiane F, e sem meus créditos...hahaha


6.http://aspequenasfrustracoeseutopias.blogspot.com/2008/04/no-tenho-planos-mas-sim-sonhos.html -> blog onde diz "de Babsi para Christiane F" haha da onde tiraram isso?

-

O texto verdadeiro no meu extinto blog visualizado em arquivo:

Blog do Vermão "Christiane F. - O dossiê completo" onde ele divulgou o "underground em killing moon e em flores do mal" rsrsrsrsrsrsrs:

Bom, a verdadeira história sobre esse texto tosco que muitos pensam que foi escrito por Christiane F. está aí!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

[tanto e nada]

Ainda viva e em plena autópsia: É assim que me sinto quando escorre o mundo pelo meu nariz, como se fosse um vírus e talvez seja, um vírus que ainda não sei como LIQUIDAR. Tudo que me ensinaram a fazer diante dele é fraquejar, enquanto sou mexida e remexida, cortam minhas vísceras, injetam porra em minhas feridas.
Nasci e não gostei, agora o que resta é participar dessa festa adoecida, ora meio morta, ora meio viVa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

nostalgia sem anastesia.


Quinze anos e bandas de punk rock aos domingos no Skema 110. Os bares tão sujos da Armênia que não existem mais. O meu primeiro show do Holly Tree. A primeira marca feita no corpo. Tardes de amores platônicos, sonhos confusos e realidades dilaceradas. Tantas partidas, beijos infantis.
E eu ainda era inocente para idealizar.

[Telefonemas entre bocejos e cartas, páginas intermináveis]

...17 anos. Ah! Ninguém é sério aos dezessete.
O garoto da cidade do interior, conhaque, cigarro de filtro vermelho. Poesia e Richard Hell por ordem alfabética.

-
Ainda bem que não vem com anestesia.
Como é bom sentir.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Libra






Será que Rimbaud ligava pro aniversário dele?
Uma coisa é certa: Rimbaud era libriano.

E eu, orgulhosamente também.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vai, Rimbaud, Vai!


Amanhã é dia vinte de outubro, o meu dia preferido do ano. Gosto de ter vindo ao mundo neste dia porque marca, há mais de um século e meio, o nascimento de Arthur Rimbaud. Eu não sei ao certo o que é ele. É certeza poesia, juventude e alguma coisa entre o humano-em-excesso e o excesso-desumano, eu também assim nasci, como esta frase, e embora não queira, todo ano se esvai de mim, ora estou andando, ora correndo, sempre, sempre em frente. Aprendi que a vida veio com defeito, ela vem com o botão "gravar" mas o tempo não tem o botão de voltar.

Vinte e dois anos, eu estou assustada: o que esperam de mim? O que querem? O que querem, sinceramente?
Ainda criança, serei eternamente. Não finjo ser o que não sou e se exponho as minhas tripas e meu coração, se me mostro, não é porque sou exibicionista, é porque muito sou para ficar escondida dentro da pele e da carne.
"Por delicadeza eu perdi a vida. Ah! Que o tempo venha em que a alma se empenha."

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu tô até passando mal...

Como pode, tudo ficar assim, tão banal? Toda a cerveja e essas manias, todas essas drogas, e esses carinhas - tentando impressionar cheirando farinha - como pode, todo meu suor e todo meu amor, como pôde ficar tudo tão sem cor? - Escrevo poemas sujos, em portas de banheiros públicos. Choro com uma caneta cravada nos punhos.
Arrancaram os dentes de todas as bocas fodidas, uma delas era a minha, que gritava não àquela porra de anarquia. Quem foi que a inventou, quem a injetou no âmago de minha pupila?
Tento me enganar, fingindo acreditar em todas as rimas patéticas que leio por aí. É que hoje em dia todo mundo é ator e todo mundo é poeta, só esqueceram que o palco é uma grande mentira, e ninguém,

Ninguém,
.........................NINGUÉM,

Tá nem aí pra merda.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

[Dia frouxo]

Sou exatamente como Bukowski.

"Dê um tempo, tente se sentir melhor. O mundo inteiro é um saco de merda se rasgando. Não posso salvá-lo. [...] Escrevi para salvar minha própria vida. Sempre estive por fora, nunca me adaptei. Descobri isso nos pátios das escolas. E outra coisa que aprendi foi que eu aprendia muito lentamente. Os outros caras sabiam de tudo, eu não sabia merda nenhuma. Tudo estava imerso numa luz branca e estonteante. Eu era um idiota. No entanto, mesmo quando eu era um idiota completo eu tinha um cantinho de mim que estava protegendo, havia alguma coisa lá. Não importa. [...]"

- Talvez haja alguma coisa assim em mim, a ser protegida, quem sabe? Sinto que mesmo que eu seja esquisita e idiota, ainda assim há algo a ser preservado. Realmente, não importa.
Sinto-me apenas vazia e lenta, inapta. Talvez essa seja a palavra mais correta. Eu estou engessada, temporariamente talvez. Quem sabe um dia eu possa salvar vidas, tentando apenas salvar a minha?


terça-feira, 6 de outubro de 2009

rabisco.

Falta-me o que os sábios chamam de conhecimento, e o que os leigos chamam de dom.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

COURO.



"Lingua de tiras de couro, a correia o espera/ Sinta o gosto do chicote, do amor não dado [...]"
[Velvet Underground]

A minha pele é de couro. Couro de lagarto, para ser mais específica. Talvez uma falha paterna em minha sórdida infância tenha colaborado com a produção do meu tecido, e aqui estou eu: um dos couros mais bonitos e elegantes entre peles mais exóticas. Também tecido fútil e desnecessário. Sou luxo e sofisticação, embora caótico e de viés impulsivo.
Tenho o tempo como meu maior aliado, e com o passar dos anos meu couro fica ainda mais atraente. Sendo assim, confesso, sei fazer um jogo de sedução, consigo te manipular facilmente, e você pode não resistir e gastar até seu último vintém tentando comprar-me.
Sou extremamente impermeável, e não deixo qualquer um pisar em mim, embora para entrar no meu mundo - ora sádico, ora masoquista - basta vestir-me por cima de sua pele quente, onde eu serei o teu spleen, o teu baço e o teu sangue.
Meu couro é tão resistente, que nem um tiro de rifle faria efeito, resistente posso ser por fora, porque por dentro dói ser tão vulnerável, fria e vazia.
Sei que, ou me amam ou me odeiam. Sofro assim sendo, um pouco desumana ou humana em excesso, contraditório ou não, tornei-me couro.
Como virar seda, se não sou nada além de um tecido da geração prozac?

HAHAHAHAHAHA....


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Escola da Noite"

"
1. O Diabo pode reanimar um cadáver?
2. Você pode escolher o lugar?
1. ...?
2. Para quando te enterrarem na igreja.


Marlowe: Deus adormecido, morto ou escondido, estará doente? Anda bêbado desde que acabou com a criação?

Marlowe: Quero que minha natureza se compadeça na amizade com um Deus que seja Deus dos Entusiasmos Delirantes, que nem proteja e nem abandone, que nada julgue.

Marlowe: Deus onipotente, poderia criar uma pedra tão pesada que nem você mesmo não seria capaz de levantar? Deus onisciente, tem certeza de que os justos herdarão seu reino"

[LIZ - Reinaldo Montero]

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

[Já não há mais tempo para heróis.]



[Me ampare antes que eu caia]


Seus olhos não estão mais pendurados sobre mim, e já não consigo mais parar de ser tão frívola. Perdoe-me a pieguisse, mas ainda sou garota e preciso de heróis. Você era o herói de qualquer menina, mas era a mim que fazia especial, não importava quanto tempo, não importava, era toda vez que eu colocava meus braços em volta do seu corpo magro e fraco. Com uma das mãos, agora cubro o rosto, reduzir foi o que acabei aprendendo, dentro das arestas de um mundo quadrado, reduzir-me ao descartável.
Eu gostaria de ainda poder ter, mas tudo parece-me apodrecido, falecido no amor: não há mais nenhum heroismo a qual eu depender.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

limitrofismo

c.o.r.t.e
c.o.r.t.e
c.o.r.t.e
c.o.r.t.e
c.o.r.t.e

c.o.s.t.u.r.e
c.o.s.t.u.r.e
c.o.s.t.u.r.e
c.o.s.t.u.r.e


DOR
[...]

-->dois ou...um?