sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

preciso dizer que...

O amor mais profundo que já senti na minha vida foi por uma pessoa que eu nem conhecia. Eu ouvia falar num tal de "Johnny Thunders de Campinas" e de repente, eu estava fascinada por ele. Eu tinha dezessete anos, e ninguém é sério aos 17. Nem ele. Muito menos ele...me parecia tão diferente, na multidão ele era! E eu já o amava antes mesmo de ver seu rosto, antes de saber como ele era. Sabia que era inteligente e muito exagerado. Quando o conheci, lá estava, parado debaixo da janela do Evolução e meu deus, como o amei! E quando desci para finalmente, estava tão nervosa que não conseguia dizer uma única palavra. Eu ficava só parada, encostada pelos cantos, tentando observa-lo sem que percebesse.
E o amor mais puro e profundo que eu poderia sentir vai ser eternamente dele.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

[Amor, destrói o melhor de nós]

Ainda assim, mantenho vivo
Perdido em um frame oco
Com lágrimas que permanecem solitárias
Sem saber se nossa vida vale.


Eu fui na consulta hoje, preciso de um remédio mais forte. Amytril é pouco eficiente. Estou tentando caminhar sem ajuda, ser mais honesta comigo. Eu já nem sei mais quem sou, não me lembro de nada que seja apenas meu, que não tenha um pouco de alguém. Estou me sentido triste e sozinha, entretanto, tentando ser forte, tentando parar de incomodar as pessoas com as minhas carências. Estou me sentindo muito triste, e qualquer coisa não pensada parte meu coração de uma forma avassaladora.
Minha fragilidade é tanta, que não tenho mais forças para me defender, não consigo mais gritar ou relutar, já não consigo mais nem levantar a voz. E assim, penso, vou morrendo aos poucos. É como li uma vez. Todo dia uma emoção morre dentro de nós. Se você ri, é uma emoção que morreu. E assim por diante. Todo dia eu estou morrendo um pouco.

domingo, 14 de dezembro de 2008

CRAWFISH

[Domingo]

Sinto me machucada. Não por fora, dentro. Andei tanto de ônibus, não cheguei em nenhum lugar. Dormi em cima da minha ferida. Eu sinto explosões no cerébro, como as explosões de farinha. Sinto que sou um prédio novo, desabando.
Ás vezes entendo o por quê de ninguém absorver o que tenho feito de bom, ou as minhas boas intenções, o meu verdadeiro interesse em ser gentil, em ser útil, em ser boa. É porque talvez eu não tenha nada de bom a ser absorvido mesmo, só ruim. Eu sou uma má pessoa, má. Não tenho boas intenções, não tenho interesse por nada, principalmente em ser gentil ou útil.

Sinto me tão triste, mas ninguém sabe, nem vê.
Sinto me fraca e desorientada.

Hoje sou um poço de dramas, sem fundo.


But just before the dawn
I awake and find you gone
I can’t help it, I can’t help it if I cry
I remember that you said goodbye

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Acordar no meio da tarde, de ressaca, olhar sua cara arrebentada no espelho. Sozinho em casa, sozinho na cidade, sozinho no mundo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

sweet prince

[02 de junho de 2005, quinta]

Você está sozinha?
Totalmente.
Totalmente?
Não parcialmente.
Você conhece um sweet prince?
Conheço!
Era pra deixar sua vida melhor, né?
Como assim?
Você sabe, viver feliz para sempre e tal...
O meu sweet prince não é convencional.
Quem é?
O meu?
É.
Você.
Eu sou amargo. Não sou sweet e muito menos "prince"
Pra mim você é.
A gente acaba amando mais o amor do que o objeto desejado.
Você acha isso? Hein?
Não quero acreditar...mas acredito.
Eu gosto de você de qualquer jeito.
Se você me conhecesse de verdade não ia gostar de mim.
Como você pode ter certeza?
Porque é sempre assim. E eu acabo sozinho. Eu tenho medo de você me conhecer e não gostar mais de mim. Eu gosto de ser gostado.
Todos gostam.
Sinto falta de ter fotos com você. Às vezes fico olhando aquela sua foto fazendo jóia, tá linda!
Tá horrivel.
Você se acha feia e burra?
Sim...
Não conheço mais ninguém que saiba que Pergunte ao pó não é sobre farinha. E que usa lenço de bolinha e sabe que isso é legal.
E você usa gravatinha curtinha!
Outros caras também usam...



E você é meu sweet prince não convencinal para sempre, tá?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Silêncio é sexy

...



PS- Agora um ser mudo me ligou e está ouvindo minha respiração por minutos nesse caralho de telefone. Eu ODEIO quem não tem CORAGEM de falar.

FALA PORRA.
DIZ!
DIZ TUDO!
APAGA O CIGARRO NO PEITO!!!!!!!!!!





HAHAHAHAAHAHHA FODA-SE!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

[Café, Cat Power, chocolate e Codeína.]

Café, para me despertar nos dias cinzas, os quais eu não desejo despertar. Mas abro meus olhos porque sei que tenho você, e que tenho que respirar para continuar sentindo o seu cheiro.

Cat power, para ouvir, quando você me deixa no ponto de ônibus. Para ouvir e sentir sua presença naquele banco, onde não tem ninguém. Sinto sua presença em cada nota do violão. [I wanna tell you how much I love you]

Chocolate, para as tardes vazias de você. Para aquelas horas em que preciso intensamente ouvir sua voz, alguma palavra da sua boca, cantarolando alguma música talvez, falando sobre cinema, ou falando o quanto me acha bonita. Chocolate para tirar a ansiedade de estar sem você nessa terça-feira...

Codeína, quando me sinto completamente viva ao seu lado deitada, com seus braços me envolvendo, e então aquele calor invade nossos corpos frios, e tudo é intensamente calmo, e quieto. Tudo faz sentido, e meu organismo está completamente fixado ao seu.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Te amando pelo avesso.

É preciso sangrar ás vezes para saber dar valor ao que tem. Ei pequena, doa a quem doer, isso é teu. E não há ninguém no mundo que possa arrancar de você. Não o físico, que pode ser arrancado cruelmente (assim como já lhe foi arrancado) mas ninguém pode arrancar de ti o que está dentro, ao fundo do peito: amor. E tem a única certeza do mundo: é para sempre. Assim como sabia antes de senti-lo, é Ele. Sentado no bar bebendo conhaque de quarenta centavos, cantando Edith Piaf no elevador antigo do prédio, beijando suas coxas, penteando seu cabelo, te fazendo chorar e rir o tempo inteiro, mas para sempre é um único Ele.
-



É tão único, me faz sentir todos os dias tua presença dentro de mim. Quero viver eternamente respirando o teu ar, e morrerei amando você.


ps- E uma vez, alguém me perguntou se não era triste ter sido somente tua. Respondi que é a coisa que mais me faz feliz. E assim serei para sempre. Quero. Intocável para o mundo e só tua. Me faz a mulher mais especial do universo (crescendo).

para guardar

Para te guardar dentro de mim para sempre.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

falar com você

Da uma vontade de falar com você pela tarde, quando entro em casa e vejo o telefone parado, mudo, não toca, não me chama, não diz nada. Começa nosso desenho favorito, e tenho uma vontade de falar com você, dizer que nunca tinha visto esse, comentar que achei engraçado.
Da uma vontade de falar com você, antes de dormir, dizer boa noite, dorme bem, sintu saudade, quando acabo o banho, você pentear meu cabelo, contar cem escovadas e colocar minha meiazinha para eu poder dormir, ao seu lado, cheirando seu cabelo, com minha cabeça envolvida nos seus braços, ah, como queria que ainda pudesse colocar seus braços em volta de mim.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

[Sua falta.]

ATÉ MEU ANTI-DEPRESSIVO ME LEMBRA VOCÊ.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

[You never STOP]








Foi.

[Meu ser é de faca.]

Fui parar no hospital, não me orgulho disso.
Meu coração está tão cortado quanto meu braço.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Crying

Acabei de ter uma crise de choro, cortei meu pulso esquerdo, manchou de sangue a calça do meu pijama azul, está tocando Crying pela oitava ou nona vez, tive ânsia de vômito, gritei, disse olhando para o teto do meu quarto que não vou aguentar viver assim por muito tempo mais. O Caio me ligou, e disse: "Não chora, tatina minha amô, não fica tisti. vamos pa porto seguro" e eu consegui rir, segurando meu coração em uma mão, e o telefone em outra. E continuei chorando. Minhas feridas externas doem muito menos do que essas que sangram por dentro. Hemorragia interna por ser eu, por amar tanto e em vão. EM VÃO.

sempre amando, desperdiçando meu tempo tentando fazer alguém me amar.
chorando, chorando, chorando...

Por eu ter vinte e um anos, e ser tão criança, depender tanto de alguém, de algo.
Por eu ser tão incapaz de viver sozinha...com meus pés não dou passo algum.

E agora, está doendo pra respirar.

[te adorando pelo avesso]

.
.
.
.
.

E me arrastei, e te arranhei.
E me agarrei nos teus cabelos.

E me vingar a qualquer preço!
TE ADORANDO PELO AVESSO!

Pra mostrar que ainda sou tua
Até provar que ainda sou tua.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

---> Sad Vacation.

Sabe por que eu sempre demoro a escrever? Bem, porque algo me impede de dizer o que eu realmente tô com vontade, meu orgulho impede,sabe? Sei lá, orgulho e medo. Medo de ser boba demais, de me humilhar demais, me expor demais. [exponho meus modos, me mostro. eu canto para quem?]
E hoje eu estou com vontade de dizer tantas coisas que não tenho coragem...acho que farei um blog secreto pra eu poder malhar todos os judas da minha vida a vontade, HAHAHAHAHAHAH, ia ser ótimo e com certeza prazeroso!!!!!!
Mas enfim, o fato é: o mesmo blá-blá-blá de sempre. Há anos me queixo das mesmas patifarias. Como alguém consegue manter-se tão igual por tantos anos? Eu consegui, e não foi por querer...foi porque eu realmente tenho essa personalidade de palhaça que me força nos momentos cruciais a foder com tudo. Então, darling, o que devo fazer?
Se sou impulsiva, extremamente vingativa, aliás o que mais me fode sempre é minha mania de fazer vingança com as próprias mãos. O problema é que eu acho que pego pesado de vez em quando. Mas não me arrependo, num vou mais me arrepender de mais nada nesse mundo!
Meu pai me deu um grande exemplo de Homem, o Homem que não presta. E esse é meu espelho pro resto da vida, foi assim que aprendi. Me ensinou como é decepcinante, entretanto, me mostrou a verdade. Deus, nasci tão fraca, porque é mais forte quem sabe mentir?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

--->Only the lonely.

"There goes my baby
There goes my heart
They've gone forever
So far apart
But only the lonely
Know why I cry
Only the lonely"

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Acho que agora vai chover...

Sabe, estou simplesmente de saco cheio das pessoas. Principalmente o fato delas não conseguirem ser compreensivas comigo. Eu estou passando por uma fase muito estranha, por incrível que possa parecer eu não tô dando a mínima para as pessoas, não tô suplicando pela atenção barata delas, cansei de sofrer porque ninguém me dá atenção, porque alguém sempre me decepciona, blá-blá-blá. Eu estou numa fase estranha demais da minha vida, ouvindo Roy Orbinson no mp3, e pela primeira vez não penso em como as pessoas não pensam em mim.
Por um lado isso é bom, por outro não. Eu necessito, e é sempre com urgência necessitar de alguém ou de algo, então de tempos em tempos, eu substituo o "objeto desejado". Sempre obcecada em algo, em alguém, nisso, naquilo...sempre tentando não me sentir entediada, forçando situações, fazendo com que algo aconteça...
Ás vezes faço de propósito, brigo, grito, arrumo alguma confusão, só pra sair do tédio...
Só queria que as pessoas conseguissem me entender, sabe, não é tão complicado (ou é?)
só queria realmente não ser sempre criticada, sempre a errada...ahhhh
definitivamente eu não aguento. Queria que as pessoas me ligassem de volta quando eu desligo o telefone com raiva. Isso não é jeito de dizer Tchau!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

[Nada que é dourado fica]

"O primeiro verde da natureza é o dourado, para ela o tom mais difícil de fixar. Sua primeira folha é uma flor, mas só durante uma hora e então folha se rende a folha. Assim o Paraíso afundou na dor, assim a aurora se transforma em dia. Nada que é dourado fica."

Outsiders - vidas sem rumo, esse é o nome do livro que mudou a minha vida. Escrito por Susan E. Hinton, é simplesmente foda. Uma gangue de garotos de bairro, com brilhantina no cabelo, canivetes e jaquetas de couro. Os greasers. Do outro lado, os socs, filhinhos de papai, com mustangs e camisas de algodão.
No final de semana, eu assisti o filme, versão de Coppola. Muito fiel ao livro, particularmente um dos meus filmes preferidos de agora em diante!

E meu delinquente preferido é Dallas Winston, o greaser mais mal, mais charmoso.
Com certeza se eu fosse a Cherry Valance eu ia ficar apaixonada pelo Dally...hahah


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

---> Diante de vírgulas.

E enquanto paro, acendo meu cigarro, já sem voz, sem palavras, engasgada com comprimidos para dores de cabeça, alguns anti-choro, de saco cheio dos ônibus, esmagada por ruas que nem sei o nome, entro em uma loja, compro meu vestido de bolinhas, eu me olho no espelho, pequena e triste, fazendo coisas, pensando coisas, olhando coisas. tantas e pra nada. Tudo tem uma vírgula, uma coisa atrás da outra, sempre sem sentindo, me levando a planejar desgraças, a afundar entre meus cansados braços fracos, sem sentir amor ou ódio, remorso.
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[Caio]
"escolherei lentos blues, solos sofridos de sax, pianos lentíssimos, à beira do êxtase, clarinetas ofegantes e vozes graves, negras vozes roucas ásperas de cigarros, mas aveludadas por goles de bourbom ou conhaque, para que tudo escorra dourado como a bebida de outras águas, não estas, tão turvas, de onde emergiram dois pobres peixes cegos da noite, para sempre ignorantes da minha presença aqui, junto à máquina de música, ao lado do corredor que leva aos banheiros imundos, a criar claridades impossíveis e a ninar com canções malditas esse encontro inesperado, tanto por eles, que navegam cegos, quanto por mim, pescador sem anzol debruçado sobre a água do espaço que me separa deles"

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

--> Desculpe pelo jogo de palavras.

Trata-se de chegar ao desconhecido através do desregramento de todos os sentidos. Os sofrimentos são enormes, mas é preciso ser forte, ter nascido poeta, e eu me reconheci poeta. Não é de modo algum culpa minha. É errado dizer: Eu penso: dever-se-ia dizer: sou pensado. — Perdão pelo jogo de palavras.

Eu é um outro.









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Tive uma crise ontém, cortei um pouco o pulso pra sentir que eu ia ficar bem, ali, alguém estava me protegendo, não sei do que, talvez de quem, mas estava, protegida pela minha dor carnal, ali, me sentido violentada, humilhada. Cansada da dor de existir. É preciso ter nascido forte, eu não nasci.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Agosto, fluoxetina e morte

Bem que dizem que agosto é o mês do cachorro louco. Acordei numa manhã desse tal mês com uma sensação de morte descendo a garganta. Um gosto estranho na boca, gosto amargo de eu-não-sei-nada-da-vida.
Peguei o ônibus e esse cheiro invadiu meu mp3. A música estava diferente.
A noite, cheguei em casa, o telefone tocou, e era uma noticia de morte. Uma garota que mora no meu prédio, morreu. Estuprada e estrangulada por um maluco. Dizem que a vítima estava fumando pedra com o assassino, sem saber que em minutos seria estrangulada.O assassino foi pego, e levou a policia até o local do crime. A vítima estava sem roupa, pendurada num muro, e um cachimbo de crack estava próximo de seu corpo. Imagina só, hoje é o dia da sua morte, e você não sabe. (ou melhor: você sabe, mas não sabe) Acorda pela manhã, coloca os pés no chão e hoje é o dia de sua morte. Vai a padaria, compra pão, e a hora passando...sua morte é a meia noite, agora é meio-dia.
Encontro uma amiga que me dá fluoxetina, tomo um para não ficar com essa morte a seco no peito e nos jornais, grudada na parede do meu prédio. Sono e vontade de vomitar, vontade de vomitar, sono. Isso me dá enjoo. Tem gosto de desgraça Agosto.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

---> A gente não é sério aos 17 anos.

------------Você está apaixonado. Tomado até o mês de agosto.
---------------------Você está apaixonado. Seus poemas a fazem rir.
Todos seus amigos fogem, você é de mau gosto-------------------------

----Noite de junho! Dezessete anos! Embriagados
------------------O coração louco vagueia como num romance

A gente não é sério com dezzessete anos-------------------
----- Uma bela noite, longe dos chopes e do anseio
Dos cafés barulhentos de lustres soberanos----

---------------------------------------A gente não é sério com dezessete anos


Arthur Rimbaud

domingo, 24 de agosto de 2008

---> Um Adeus.

Baby maybe someday
Maybe one day
We'll say hi

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Dizer Adeus para todos os seus novos dias.
Sem mais dizer olá e nunca mais dizer boa noite.
Eu não quero mais correr e não quero andar. Quero apenas dizer Adeus.
Eu não posso mais.
Desligar a tv. fingir que estou sorrindo.
Dizer que não ligo.
Agora não.

Baby.maybe.sometime
Maybe.next.time
We'll say hi
---

sábado, 23 de agosto de 2008

---> Só.

Às vezes me sinto triste e sozinha. Mais sozinha do que triste, mais sozinha do que infeliz, mais sozinha do que aborrecida ou irritada. Mais sozinha do que tudo.
Paro para pensar que assim como li, fui eu quem fui afastanto assim, essa gente menor, e acabou não sobrando mais nenhuma. Um poço de solidão, de tristeza com cortes rasos no pulso, dor na alma, um aperto no peito que parece ansiedade e tristeza junto, não sei ao certo o que é, mas dói, dói, dói demais. É bem dentro do meu peito, no meio, tão fundo! Estou sentindo isso agora, enquanto escrevo. Um medo de perder o que não tenho, de correr ou de estar parada. Qual é a diferença? Penso em ir ao médico. Mas que médico? Não há nenhum, não há ninguém, como sempre.
Deixo me seduzir por qualquer mísera atenção, redobro meu estilo maluca de hospicio pra ver se desperto algum interesse. Se não estou alarmando, se não funcionar, eu agrido, ou me agrido, me machuco. Qualquer coisa.

---> Caio e feridas.

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"Menos pela cicatriz deixada, uma feridantiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva."
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São feridas doloridas nos dias chuvosos e nos dias quentes também.
Feridas que abrem de repente, eu nem sei de onde vem.
Eu não sei onde vou chegar assim, mas quero tentar sentir isso TUDO como um homem. Um homem que não chora, e não corre do seu próprio veneno.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

--->Isso é escrever

apaga o cigarro no peito
diz pra ti o que não gostas de ouvir
diz tudo





* Gabriel de Britto Velho

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

---> Sempre e nunca mais!

Os dias não mudam, e correm de mim.
Há segundos escorrendo pelo meu relógio. Não há mais tempo.
tudo vai embora. tudo está indo embora. De leve, OU NÃO!!!!

Me corte, diga adeus, como isso.
Você não sabe quando parar...
mas essas coisas sempre ficam...e eu assisto você partir.
Vou desejar coisas boas, outras ruins, mas sempre desejarei você.

Me corte, diga Oi, como isso.
todo dia você se move, rapidamente, olhando para mim, como agora.
E não há como me tocar, mas você sorri, e bagunça o cabelo...

ás vezes é sempre e nunca mais...

---> Com seus olhinhos infantis


Ah, esse cara tem me consumido
Pra mim é tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis,
Com os olhos de um bandido

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E se alguém entrar nesse blog-besta, abra essa foto e veja do que eu estou falando. Olhe esses olhos brilhantes, os mais lindos que eu já vi em toda a minha vida.
Pra mim é tudo que eu quis...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

---> Aniversário kiss fm: Echo and the bunnymen

São Paulo, 02 julho de 2008

Não posso dizer que foi O melhor dia da minha vida, pois já fui a outros dois shows do echo and the bunnymen (um do Ian McCulloch solo em 2004, e outro do echo mesmo, em 2006) Mas posso dizer que foi um dos melhores dias da minha vida, ah, foi... Encontrei o pê no metrô, e de lá seguimos para o via funchal...muito bonito o lugar, o Clemente estava lá, fazendo entrevistas pela Claro, entrevistou o pê com direito a foto e tudo!!!

O palco era bem próximo da grade, quando subimos já tinha muita gente por lá...
Ah, mas eu estava determinada a chegar à grade, ou não me chamaria Thaís M!!!
Começou T.S.O. L, uma banda chata californiana hahaha, logo veio gene love jezebel, não tão chato... E finalmente o tão esperado echo and the bunnymen.
Aliás, MUITO esperado, pois o echo atrasou cerca de uma hora para pisar no palco... Meu coração já estava saindo pela boca... Quando finalmente ouvi: "A kiss Fm e o Via Funchal orgulhosamente apresentam:
ECHO AND THE BUNNYMEN" ai meu deus, meu coração foi a mil, quando o Ian subiu no palco eu quase chorei de felicidade!!!!!
O show começou com rescue se não me engano, nisso eu ainda não estava na tão almejada grade, mas estava bem próxima dela, e dava para ver perfeitamente. Mas como diz em "Nothing lasts forever” I want more!!! rsrsrsrs...quando tocou KILLING MOON, foi lindo, todo mundo cantando junto, e foi aí que cheguei finalmente a sonhada grade. Eu a conquistei haha!!
o pê não conseguiu, mas ficou bem atrás de mim, onde dava para ver basicamente igual. Cantei killing moon olhando nos olhos do Ian, vendo perfeitamente seu rosto, ah meu deus eu poderia morrer ali, estava feliz demais, feliz demais... Quanto ao repertório, foi maravilhoso: passando por clássicos como bring on the dancing horses, back of love, seven seas (com direito a Ian imitando peixinho!!!!) The cutter, All That Jazz, a quase-não-conhecida-killing-moon, the disease, que diga-se de passagem, só eu sabia cantar...só deu eu e o Ian em "my life is disease..." músicas inéditas do álbum que ainda nem foi lançado, mas que eu já tinha escutado na entrevista com o titio Marco Antonio na kiss, como a "I Think I Need It Too" ( que é linda demais). até chegar em covers de ótimo bom gosto do Ian, como "people are strange" dos doors (L) e walk on the wild side do Lou Reed perfeitamente misturado com Nothing lasts forever. Aliás, eu quase chorei quando começou "all the shadows and the pain...are comming to you...all the shadows and the pain..." e eu ali, cara-a-cara com o Ian, vendo seu rosto perfeitamente, seus gestos, enfim, inimaginável...simplesmente um sonho! O echo saiu do palco e voltou duas vezes, a última para finalizar o show com Lips like sugar. O Ian estava como sempre: terno preto, calça jeans e seus inseparáveis óculos escuros. Eu ainda disse pro pê: "Quer apostar quanto que o Ian vai estar de preto, jeans e óculos?" O pê não quis apostar pq. será?? rs....Ian dançou, jogou maço de cigarro pra platéia, fez piadinha, chutou o gelo do copo dele, chutou o cigarro com a coxa, gente, eu vi cada movimento, cada um!!!! Vale lembrar da cara do pê quando uma louca deu um soco nele: "ela me deu um soco!" ele disse. hahahahahahahaha....
Ai, foi um dos dias mais felizes da minha vida, valeu chegar ás 03h00min da madrugada em casa para trabalhar ás 07h00min, valeu meu pé doendo litros, valeu ficar mais de 4hs sem sentar, a coca-cola de cinco reais, os cambistas, valeu esperar o Ian entrar no palco, cada segundo, cada segundo foi valioso demais... Pagaria o triplo para ver de novo, e não me arrependeria jamais...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

---> Amor e dor

Aqui é dor, aqui é amor, aqui é amor e dor:
onde um homem projeta seu perfil e pergunta atônito:
em que direção se vai?

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E existem aquelas noites calorentas, o bafo quente de quem acabou de acordar, o céu noturno sem nenhuma estrela, meu Deus, quantas estrelas! Subo ao ônibus no meio da cidade, a janela aberta, bêbada, pálida, iluminada por estes postes de luz flamejante. Sou um poço de alegria alí, quero e farejo os cheiros de cigarro, de fumaça de carro, de perfume vadio, colônia de cheiro, eu farejo cheiro de morte e sexo.
E ainda existem aquelas noites calorentas em que eu me entrego num copo, num corpo meigo, numa tragada de cigarro barato. E derrubo o resto de conheque na mesa. Sorrindo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

---> Comendo o almoço nu

Pois é, fiquei perdida. Totalmente perdida. Meus blogs sumiram juntamente a Weblogger, que, simplesmente está fora do ar para sempre. E agora, "comofas"? Custou para que eu fizesse esse blog, que jamais substituirá o beat heart (arquivos killing-time)Porém vai ter que dar para o gasto. É, a vida é mesmo uma puta do Brás.

Vamos então comendo este almoço nu
pois vingança é um prato que se come FRIO...


HA.
HA.
HA.