sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Eu também, mas não sei o que

Às vezes me perco no balanço dos ônibus, algumas vezes choro feito uma tola sentada no motor desses transportes lotados, e toda aquela gente que me olha, completa estranha, tenho medo de alguém perguntar "por que choras?" E não saberei falar. Ultimamente tenho chorado pouco e sorrisos menores ainda. Só lembro de estar cansada de não-sei-o-que, mas cansei. Alguns dizem é besteira, e outros pensam que eu sou fraca, mas a verdade é que estou cansada, e desse não-sei-o-que eu já sei que basta.

Algumas vezes o dia está tão quente, sinto vontade de viajar. Não para uma cidade ou um país distante, mas para algum novo planeta que até então seria desconhecido em nosso sistema solar.
Perco-me contando estrelas, imaginando luzes de pisca-pisca, faço anotações em papel toalha, perco-me em todos os cadernos esquecidos dentro do meu armário. E então finjo que estou dormindo com a televisão ligada, só para fazer de conta que durante a noite é isso que faço.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O amor é feio.



O amor foi inventado no mesmo esquema da nossa gramática: Padronizado, cheio de regrinhas chatas que muitas vezes se contradizem.
Uma ilusão achar que amar é um príncipe num cavalo branco, princesas, mocinhas e mocinhos na novela das oito, romeu e julieta [rostinhos europeus e ar angelical] vivendo de brisa e de paixão pudica. Ou que "o amor é lindo" HAHAHA. Essa é a frase mais mentirosa da humanidade. Essa imagem que criaram de que o amor é perfeito, homogêneo, bonito e sempre deve ser assim, precisa morrer!
O amor é feio. O Amor peida, caga, amor vomita, amor fica doente. O amor deve ser visto como a linguagem: mutante e instável. Amar não é sinônimo de beleza.
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PS. Alguém aí ama de verdade?


[eu sim.]

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Des (espero)

Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome...




Sei que estou sempre inventando alguma coisa dentro desta cabecinha sem miolos, mas, que bom que tens me compreendido! É de uma forma tão acolhedora sentir seu abraço enquanto choro as bobeiras e chatices, me sinto mimada e amada.
Que bom que entende, não é de forma alguma proposital, não consigo controlar com um controle remoto essas pequenas loucurinhas mas sei que serão minimizadas como o tempo e com a sua doçura ao pentear meus cabelos, ao deitar-se ao meu lado nas noites chuvosas e dizer "Não há por que desesperar-se, eu estou aqui agora e sempre, e o que mais importa é que eu te amo, e quero ficar perto de você."

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Foi tua melhor encenação

DESTROÇAR MEU CORAÇÃO

Remoto Controle

Só para não me esquecer: Deixarei meu jeito de amar incondiconalmente as pessoas, pois muitas só darão valor para todos os meu esforços desenfreados de agradar, fazer das minhas tripas o coração no momento em que eu deixar de assim fazer. Me é angustiante pensar que existem pessoas que não percebem o quanto eu estou aqui, lutando contra minha mente a cada hora do dia, tentando ser o melhor de mim. Deixarei de dizer a elas o quanto eu as amo, pois parece que não faz falta, não é necessário. É curioso o modo como me dou de braços abertos áqueles que eu me preocupo. Não mais dizer o quanto sinto falta, nem festejar cada dia que passa, diminuir consideravelmente a atenção tão esmagadora que dou. Embora eu faça com todo o meu coração e sem o menor esforço, ás vezes sinto que isso é em vão. As pessoas só conseguem enxergar minhas falhas, meus sentimentos que infelizmente não consigo controlar. São sentimentos ruins, eu sei. Mas sou um ser-humano, e tenho plena consciência que a maioria das minhas crises é por conta de coisas que coloco na cabeça, coisas erradas, porém, dificil entender que não controlo sentimentos como se muda de canal com um controle remoto. Não é fácil como parece ser para quem está do lado de fora. E é exatamente por falta de compreensão e de desvalorização a tudo que tenho me dedicado que infelizmente deixarei isso de lado. Depois, espero que não seja cobrado esse meu amor tão pesado e terrivelmente sufocante, que tanto causou caos. (Mas que apesar de tudo era o que tinha de melhor.)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

entwined

Eu tenho o direito de ficar machucada, assim como tens todo o direito de proseguir com aquilo que me machuca. É fato, e não há como mudar com uma vírgula ou um ponto de exclamação. Só me dói, embora eu não gostaria que fosse tão fundo e inevitável, dói como morrer na ponta de uma faca algumas vezes ao dia.



Preciso comprar os remédios logo, quinta-feira chega o Anafranil, e finalmente vou poder me dopar, quem sabe eu esqueço quem sou, quem sabe eu consigo fumar e dormir normalmente, ou quem sabe, até controlar meus pensamentos obsessivos compulsivos?
É, acabou o amytril, talvez eu vá no HMU pegar uma receita, sei lá, não consigo mais dormir, preciso do amytril...ou talvez a carbamazepina e o Anafranil resolvam, só não aguento mais esperar.



(talvez eu ainda seja uma criança pequena, com medo de sonhos ruins)

Vou comer chocolate, pra ver se mata a...

ANSIEDADE.
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Eu te quero tanto!

(...)
O realejo solitário chora
Os saxofones prateados dizem
que eu não deveria mais te querer
Os sinos rachados e os chifrudos
Sopram com desdém na minha cara
Mas esse não é o caminho
Eu não nasci para te perder
Te quero, te quero
Te quero tanto
Querida, eu te quero






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É, eu não nasci para te perder.
Eu te quero, eu te quero tanto! (so bad!)
Oh honey, I want you.



E vou estar sempre aqui,
bêbada, patética e chorona,
esperando por você.
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Geração Vazia




Você pertence a geração vazia?
pode largar quando quiser?
pertence a _____?


Talvez a geração mais vazia de todos os tempos seja essa, a qual faço parte.
E infelizmente, as pessoas não são reais e isso me assusta! Esqueceram o que é ser de carne e osso. São personagens tirados de livos nunca lidos, filmes nunca vistos, músicas nunca apreciadas...nem sabem da onde tiraram tanta maquiagem, tanta babaquice, tanta falta de sinceridade. Só um milhão de auto-afirmação diária, de auto-imagem, de auto-pelo-amor-de-deus-me-aceitem.
Pessoas vazias, vivendo num mundo de faz de conta, onde tudo é imaginado, e nada é verdadeiro. Nem mesmo o amor que dizem sentir.