sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Agosto, fluoxetina e morte

Bem que dizem que agosto é o mês do cachorro louco. Acordei numa manhã desse tal mês com uma sensação de morte descendo a garganta. Um gosto estranho na boca, gosto amargo de eu-não-sei-nada-da-vida.
Peguei o ônibus e esse cheiro invadiu meu mp3. A música estava diferente.
A noite, cheguei em casa, o telefone tocou, e era uma noticia de morte. Uma garota que mora no meu prédio, morreu. Estuprada e estrangulada por um maluco. Dizem que a vítima estava fumando pedra com o assassino, sem saber que em minutos seria estrangulada.O assassino foi pego, e levou a policia até o local do crime. A vítima estava sem roupa, pendurada num muro, e um cachimbo de crack estava próximo de seu corpo. Imagina só, hoje é o dia da sua morte, e você não sabe. (ou melhor: você sabe, mas não sabe) Acorda pela manhã, coloca os pés no chão e hoje é o dia de sua morte. Vai a padaria, compra pão, e a hora passando...sua morte é a meia noite, agora é meio-dia.
Encontro uma amiga que me dá fluoxetina, tomo um para não ficar com essa morte a seco no peito e nos jornais, grudada na parede do meu prédio. Sono e vontade de vomitar, vontade de vomitar, sono. Isso me dá enjoo. Tem gosto de desgraça Agosto.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

---> A gente não é sério aos 17 anos.

------------Você está apaixonado. Tomado até o mês de agosto.
---------------------Você está apaixonado. Seus poemas a fazem rir.
Todos seus amigos fogem, você é de mau gosto-------------------------

----Noite de junho! Dezessete anos! Embriagados
------------------O coração louco vagueia como num romance

A gente não é sério com dezzessete anos-------------------
----- Uma bela noite, longe dos chopes e do anseio
Dos cafés barulhentos de lustres soberanos----

---------------------------------------A gente não é sério com dezessete anos


Arthur Rimbaud

domingo, 24 de agosto de 2008

---> Um Adeus.

Baby maybe someday
Maybe one day
We'll say hi

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Dizer Adeus para todos os seus novos dias.
Sem mais dizer olá e nunca mais dizer boa noite.
Eu não quero mais correr e não quero andar. Quero apenas dizer Adeus.
Eu não posso mais.
Desligar a tv. fingir que estou sorrindo.
Dizer que não ligo.
Agora não.

Baby.maybe.sometime
Maybe.next.time
We'll say hi
---

sábado, 23 de agosto de 2008

---> Só.

Às vezes me sinto triste e sozinha. Mais sozinha do que triste, mais sozinha do que infeliz, mais sozinha do que aborrecida ou irritada. Mais sozinha do que tudo.
Paro para pensar que assim como li, fui eu quem fui afastanto assim, essa gente menor, e acabou não sobrando mais nenhuma. Um poço de solidão, de tristeza com cortes rasos no pulso, dor na alma, um aperto no peito que parece ansiedade e tristeza junto, não sei ao certo o que é, mas dói, dói, dói demais. É bem dentro do meu peito, no meio, tão fundo! Estou sentindo isso agora, enquanto escrevo. Um medo de perder o que não tenho, de correr ou de estar parada. Qual é a diferença? Penso em ir ao médico. Mas que médico? Não há nenhum, não há ninguém, como sempre.
Deixo me seduzir por qualquer mísera atenção, redobro meu estilo maluca de hospicio pra ver se desperto algum interesse. Se não estou alarmando, se não funcionar, eu agrido, ou me agrido, me machuco. Qualquer coisa.

---> Caio e feridas.

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"Menos pela cicatriz deixada, uma feridantiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva."
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São feridas doloridas nos dias chuvosos e nos dias quentes também.
Feridas que abrem de repente, eu nem sei de onde vem.
Eu não sei onde vou chegar assim, mas quero tentar sentir isso TUDO como um homem. Um homem que não chora, e não corre do seu próprio veneno.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

--->Isso é escrever

apaga o cigarro no peito
diz pra ti o que não gostas de ouvir
diz tudo





* Gabriel de Britto Velho

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

---> Sempre e nunca mais!

Os dias não mudam, e correm de mim.
Há segundos escorrendo pelo meu relógio. Não há mais tempo.
tudo vai embora. tudo está indo embora. De leve, OU NÃO!!!!

Me corte, diga adeus, como isso.
Você não sabe quando parar...
mas essas coisas sempre ficam...e eu assisto você partir.
Vou desejar coisas boas, outras ruins, mas sempre desejarei você.

Me corte, diga Oi, como isso.
todo dia você se move, rapidamente, olhando para mim, como agora.
E não há como me tocar, mas você sorri, e bagunça o cabelo...

ás vezes é sempre e nunca mais...

---> Com seus olhinhos infantis


Ah, esse cara tem me consumido
Pra mim é tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis,
Com os olhos de um bandido

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E se alguém entrar nesse blog-besta, abra essa foto e veja do que eu estou falando. Olhe esses olhos brilhantes, os mais lindos que eu já vi em toda a minha vida.
Pra mim é tudo que eu quis...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

---> Aniversário kiss fm: Echo and the bunnymen

São Paulo, 02 julho de 2008

Não posso dizer que foi O melhor dia da minha vida, pois já fui a outros dois shows do echo and the bunnymen (um do Ian McCulloch solo em 2004, e outro do echo mesmo, em 2006) Mas posso dizer que foi um dos melhores dias da minha vida, ah, foi... Encontrei o pê no metrô, e de lá seguimos para o via funchal...muito bonito o lugar, o Clemente estava lá, fazendo entrevistas pela Claro, entrevistou o pê com direito a foto e tudo!!!

O palco era bem próximo da grade, quando subimos já tinha muita gente por lá...
Ah, mas eu estava determinada a chegar à grade, ou não me chamaria Thaís M!!!
Começou T.S.O. L, uma banda chata californiana hahaha, logo veio gene love jezebel, não tão chato... E finalmente o tão esperado echo and the bunnymen.
Aliás, MUITO esperado, pois o echo atrasou cerca de uma hora para pisar no palco... Meu coração já estava saindo pela boca... Quando finalmente ouvi: "A kiss Fm e o Via Funchal orgulhosamente apresentam:
ECHO AND THE BUNNYMEN" ai meu deus, meu coração foi a mil, quando o Ian subiu no palco eu quase chorei de felicidade!!!!!
O show começou com rescue se não me engano, nisso eu ainda não estava na tão almejada grade, mas estava bem próxima dela, e dava para ver perfeitamente. Mas como diz em "Nothing lasts forever” I want more!!! rsrsrsrs...quando tocou KILLING MOON, foi lindo, todo mundo cantando junto, e foi aí que cheguei finalmente a sonhada grade. Eu a conquistei haha!!
o pê não conseguiu, mas ficou bem atrás de mim, onde dava para ver basicamente igual. Cantei killing moon olhando nos olhos do Ian, vendo perfeitamente seu rosto, ah meu deus eu poderia morrer ali, estava feliz demais, feliz demais... Quanto ao repertório, foi maravilhoso: passando por clássicos como bring on the dancing horses, back of love, seven seas (com direito a Ian imitando peixinho!!!!) The cutter, All That Jazz, a quase-não-conhecida-killing-moon, the disease, que diga-se de passagem, só eu sabia cantar...só deu eu e o Ian em "my life is disease..." músicas inéditas do álbum que ainda nem foi lançado, mas que eu já tinha escutado na entrevista com o titio Marco Antonio na kiss, como a "I Think I Need It Too" ( que é linda demais). até chegar em covers de ótimo bom gosto do Ian, como "people are strange" dos doors (L) e walk on the wild side do Lou Reed perfeitamente misturado com Nothing lasts forever. Aliás, eu quase chorei quando começou "all the shadows and the pain...are comming to you...all the shadows and the pain..." e eu ali, cara-a-cara com o Ian, vendo seu rosto perfeitamente, seus gestos, enfim, inimaginável...simplesmente um sonho! O echo saiu do palco e voltou duas vezes, a última para finalizar o show com Lips like sugar. O Ian estava como sempre: terno preto, calça jeans e seus inseparáveis óculos escuros. Eu ainda disse pro pê: "Quer apostar quanto que o Ian vai estar de preto, jeans e óculos?" O pê não quis apostar pq. será?? rs....Ian dançou, jogou maço de cigarro pra platéia, fez piadinha, chutou o gelo do copo dele, chutou o cigarro com a coxa, gente, eu vi cada movimento, cada um!!!! Vale lembrar da cara do pê quando uma louca deu um soco nele: "ela me deu um soco!" ele disse. hahahahahahahaha....
Ai, foi um dos dias mais felizes da minha vida, valeu chegar ás 03h00min da madrugada em casa para trabalhar ás 07h00min, valeu meu pé doendo litros, valeu ficar mais de 4hs sem sentar, a coca-cola de cinco reais, os cambistas, valeu esperar o Ian entrar no palco, cada segundo, cada segundo foi valioso demais... Pagaria o triplo para ver de novo, e não me arrependeria jamais...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

---> Amor e dor

Aqui é dor, aqui é amor, aqui é amor e dor:
onde um homem projeta seu perfil e pergunta atônito:
em que direção se vai?

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E existem aquelas noites calorentas, o bafo quente de quem acabou de acordar, o céu noturno sem nenhuma estrela, meu Deus, quantas estrelas! Subo ao ônibus no meio da cidade, a janela aberta, bêbada, pálida, iluminada por estes postes de luz flamejante. Sou um poço de alegria alí, quero e farejo os cheiros de cigarro, de fumaça de carro, de perfume vadio, colônia de cheiro, eu farejo cheiro de morte e sexo.
E ainda existem aquelas noites calorentas em que eu me entrego num copo, num corpo meigo, numa tragada de cigarro barato. E derrubo o resto de conheque na mesa. Sorrindo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

---> Comendo o almoço nu

Pois é, fiquei perdida. Totalmente perdida. Meus blogs sumiram juntamente a Weblogger, que, simplesmente está fora do ar para sempre. E agora, "comofas"? Custou para que eu fizesse esse blog, que jamais substituirá o beat heart (arquivos killing-time)Porém vai ter que dar para o gasto. É, a vida é mesmo uma puta do Brás.

Vamos então comendo este almoço nu
pois vingança é um prato que se come FRIO...


HA.
HA.
HA.