terça-feira, 27 de março de 2012

Os remendadores de cérebro...





... e coração.

Me diga, você acredita na destruição? você é capaz de odiar com todo o coração?

Dou passos enfadonhos em direção ao caos. emerge de dentro dos rins a força súbita do câncer-perfurador-de-vaginas-sebentas.

corro mas não chego a nenhum lugar. Você me diz o que quer ouvir, e eu quebro o seu maldito... aquilo que você chama de coração.

um monte de artéria ligada numa merda que ainda pulsa, pra mim não faz a menor diferença. MAS ELE NUNCA PARA

vou tentar agora chegar onde eu sempre quis chegar
vou tentar te dizer
baby
eu posso sentir
eu posso sentir

uma criança me disse que amava alguém como homem amava mulher
e eu me assustei. 

então, esquece isso e não fode o resto da noite, tá bem?
então esquece isso e goze na boca do seu amor, afinal, ele está meio sozinho.

domingo, 18 de março de 2012

OLHOS DE OVO FRITO GIRANDO COMPULSIVOS

Eu só vim avisar 
que o FREAKNIK vem aí!



















































Eu sou o miolo do centro da cidade
escarrada na calçada
lixo no poste de luz

holofotes vermelhos gritantes
dores celestiais em quartos privê

donde o ócio e um ofício
e o mais árduo deles

meio fio, vagalume
fim da esquina.

cheiro de oléo do pastél do china

sexta-feira, 16 de março de 2012

Arranco os ovários de todas as minhas barbies

Gosto de comer ovários das minhas bonecas
com uma pitadinha de pimenta
Elas não podem ter filhos
assim como eu não posso

arranco-lhes os óvulos nos dentes
 onde a alma das crianças pré-mortas
choram semen quente

daria tudo pra fritar com tuas bolas
e colocar no menu uma comida muito especial

sábado, 10 de março de 2012

Quando a gente cresce a gente para de amar

Eu repudio a sociedade a qual sou obrigada a ceder.
Sou fascinada por todas as anomalias do mundo. Isso sim me faz querer respirar, nem que seja um ar morto, mas que venha dos pulmões da boca do lixo.
Quando a gente cresce, a gente percebe que fomos enganados de uma maneira agonizante.
Transitar entre jardins, não tem mais graça assim. Os olhos se arregalam para parte do mundo onde não há sustos ou cochilos infantis.
Há uma explosão de bares fumegantes, pessoas em tecnicolor, transviados mordem iscas num pesqueiro antológico.
Indochina se apaga e nós todos não podemos mais ver. 
Nós somos o ânus do terceiro mundo, germinando em compulsiva diarreia.
A gente cresce e para de amar, simplesmente porque alguém nos ensina que foder da mais prazer.

quinta-feira, 8 de março de 2012

EM NOME DA LIBERDADE

28/02/12 metro de São Paulo a caminho de Milena - que se assustou com a minha necrofilia.


Deixar de existir em nome do caos
crucificar Barrabás
entre o profano
e o sagrado

não há amor sem trair
não há trair sem foder
não há foder sem buscar

e não há busca sem procura;

Talvez um roer incessante
de carne crua
um misto quente
de niilismo-psicótico
e traumatismo-craniano

Não há lugar para a transgressão
para a necrofilia
zoofilia
é sempre um tipo de maldição

vou lhe dizer uma coisa
meu bem,
prefiro caçar com gato
a caçar com um sarnento
cão