terça-feira, 19 de novembro de 2013

F f F f F f, NÃO AGUENTO MAIS F ponto alguma coisa na minha vida



F48 - Um dos meus primeiros F´s. -> Neurastenia

Existem variações culturais consideráveis para a apresentação deste transtorno, sendo que dois tipos principais ocorrem, com considerável superposição. No primeiro tipo, a característica essencial é a de uma queixa relacionada com a existência de uma maior fatigabilidade que ocorre após esforços mentais freqüentemente associada a uma certa diminuição do desempenho profissional e da capacidade de fazer face às tarefas cotidianas. A fatigabilidade mental é descrita tipicamente como uma intrusão desagradável de associações ou de lembranças que distraem, dificuldade de concentração e pensamento geralmente ineficiente. No segundo tipo, a ênfase se dá mais em sensações de fraqueza corporal ou física e um sentimento de esgotamento após esforços mínimos, acompanhados de um sentimento de dores musculares e incapacidade para relaxar. Em ambos os tipos há habitualmente vários outras sensações físicas desagradáveis, tais como vertigens, cefaléias tensionais e uma impressão de instabilidade global. São comuns, além disto, inquietudes com relação a uma degradação da saúde mental e física, irritabilidade, anedonia, depressão e ansiedade menores e variáveis. O sono freqüentemente está perturbado nas suas fases inicial e média mas a hipersonia pode também ser proeminente.

Síndrome de fadiga

Usar código adicional, se necessário, para identificar a doença física antecedente.


F.14 - Meu F de FARINHA -> Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína - intoxicação aguda

Nota: Estado conseqüente ao uso de uma substância psicoativa e compreendendo perturbações da consciência, das faculdades cognitivas, da percepção, do afeto ou do comportamento, ou de outras funções e respostas psicofisiológicas. As perturbações estão na relação direta dos efeitos farmacológicos agudos da substância consumida, e desaparecem com o tempo, com cura completa, salvo nos casos onde surgiram lesões orgânicas ou outras complicações. Entre as complicações, podem-se citar: traumatismo, aspiração de vômito, delirium, coma, convulsões e outras complicações médicas. A natureza destas complicações depende da categoria farmacológica da substância consumida assim como de seu modo de administração.

F.19 -> Meu Outro F de vício ->   Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa
Este agrupamento compreende numerosos transtornos que diferem entre si pela gravidade variável e por sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um médico. O terceiro caractere do código identifica a substância implicada e o quarto caractere especifica o quadro clínico. Os códigos devem ser usados, como determinado, para cada substância especificada, mas deve-se notar que nem todos os códigos de quarto caractere podem ser aplicados a todas as substâncias.

F.60.3 - Meu F que causa todos os outros F´s -> Transtorno de personalidade Limítrofe (Borderline) 

Transtorno de personalidade caracterizado por tendência nítida a agir de modo imprevisível sem consideração pelas conseqüências; humor imprevisível e caprichoso; tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de controlar os comportamentos impulsivos; tendência a adotar um comportamento briguento e a entrar em conflito com os outros, particularmente quando os atos impulsivos são contrariados ou censurados. Dois tipos podem ser distintos: o tipo impulsivo, caracterizado principalmente por uma instabilidade emocional e falta de controle dos impulsos; e o tipo “borderline”, caracterizado além disto por perturbações da auto-imagem, do estabelecimento de projetos e das preferências pessoais, por uma sensação crônica de vacuidade, por relações interpessoais intensas e instáveis e por uma tendência a adotar um comportamento autodestrutivo, compreendendo tentativas de suicídio e gestos suicidas. 

F.32 E F.33 Depressão -> Meus primeiros F´s. Antes do F48
 
32 - Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos “somáticos”, por exemplo perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave.

Inclui:

episódios isolados de (um) (uma):
·    depressão:
·    psicogênica
·    reativa
·    reação depressiva

33- Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos correspondentes à descrição de um episódio depressivo (F32.-) na ausência de todo antecedente de episódios independentes de exaltação de humor e de aumento de energia (mania). O transtorno pode, contudo, comportar breves episódios caracterizados por um ligeiro aumento de humor e da atividade(hipomania), sucedendo imediatamente a um episódio depressivo, e por vezes precipitados por um tratamento antidepressivo. As formas mais graves do transtorno depressivo recorrente (F33.2 e F33.3) apresentam numerosos pontos comuns com os conceitos anteriores da depressão maníaco-depressiva, melancolia, depressão vital e depressão endógena. O primeiro episódio pode ocorrer em qualquer idade, da infância à senilidade, sendo que o início pode ser agudo ou insidioso e a duração variável de algumas semanas a alguns meses. O risco de ocorrência de um episódio maníaco não pode jamais ser completamente descartado em um paciente com um transtorno depressivo recorrente, qualquer que seja o número de episódios depressivos apresentados. Em caso de ocorrência de um episódio maníaco, o diagnóstico deve ser alterado pelo de transtorno afetivo bipolar (F31.-).

Inclui:

episódios recorrentes de uma:
·    depressão
·    psicogênica
·    reativa
·    reação depressiva
transtorno depressivo sazonal


E O MAIS NOVO: 

F31 - 0 Transtorno afetivo bipolar

 Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível de atividade do sujeito estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbio consiste em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão).
Pacientes que sofrem somente de episódios repetidos de hipomania ou mania são classificados como bipolares.
Inclui:
doença maníaco-depressiva
psicose maníaco-depressiva
reação maníaco-depressiva
Exclui: ciclotimia (F34.0)
transtorno bipolar, episódio maníaco isolado (F30.-)
 -

O último eu acho que a psiquiatra tá viajando demais. Na boa. Essa mulher é péssima. Frontal é péssimo e eu não sou bipolar. 

Nota: O resto eu sou mesmo, mesmo bipolar.


Chega de inventarem F´s. que tal?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

esparadrapo preto enrolado no peito


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

I was all right for a while

Fiquei de licença 15 dias mais. A psiquiatra trocou os remédios: Frontal 3x ao dia, quetiapina de 100 duas vezes ao dia e oxcarb 3x/dia. Além disso, ela me mandou fazer hospital dia todos os dias.

Eu não fiz hospital dia nenhum dia. Eu parei de tomar esses remédios malditos por conta própria pq eu ia ter uma síncope cardiorrespiratória por causa do efeito colateral que essa combinação causou.

Se depois de acordar do sono de rivotril eu ficava possuída, com frontal eu sou o próprio cão, ao vivo e a cores.

Ah, agora sou F31 também, além de F60.3, F48, F14 e F19.

Obrigada por mais um F no prontuário, sua vadia lunática.

Ou a vadia lunática sou eu mesma?

Mas querida, o que eu posso fazer se eu sempre estarei....

chorando 

?

https://www.youtube.com/watch?v=cQrgeeS_qbo

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Eu perco as chaves de casa, eu perco o freio...



Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio.
Aonde será...que você está... agora?
-

Às vezes admito que é muito árduo ser como eu. Hoje alguém me disse algo que quase chorei. Alguém que nunca vi na vida, alguém que me entrevistou num exame médico periódico do meu trabalho.
Ele me disse: " As pessoas cobram muito de vocês, elas não entendem".

É. Elas não entendem. E quem entende? Quem entende que uma garota jovem, de 26 anos, que teve oportunidade de estudar e se formar tem isso? Por que eu tenho isso? O que isso fez comigo? Quem eu sou? Eu sou isso, então? No final?

Eu fiz aniversário neste último domingo. Eu chorei. Eu quis me matar. Juro por Deus que quis e foi a primeira vez em todos esses anos que realmente quis me matar. Mandei um e-mail para um cara louco de Londres que vende Nembutal sem receita. Ele me mandou um orçamento e eu só não comprei porque era muito caro.

E por que eu não me matei? Porque Nembutal custa R$ 600 e eu não quero tomar um tiro na face, nem me cortar, porque corte não mata. Não tenho remédio o suficiente pra morrer. Não tenho coragem de pular da ponte....então era o que me restava. HA! HA! HA!

Pensei também em tomar uma overdose de cocaína. Faz tempo que não cheiro. Eu prometi pro meu amor que nunca mais ia fazer isso. Não sei até que nunca mais conseguirei segurar isso.

Mas, no fim de tudo, fiz aniversário, completei 26 anos de idade. Chorei. Fiquei depressiva. Não quis ver ninguém, repudiei meu emprego, fumei e fingi que era legal completar mais um ano nessa carnificina.

Dilatei a pupila do meu coração pra ele não sentir muita dor. Assim é suportável, QUASE uma forma menos árdua de viver. Quase. Quando não acaba me fodendo e dilacerando ainda mais.

No mais, odeio quando as pessoas perguntam se eu melhorei porque eu tenho uma doença crônica que não vai embora, entendem isso ou será difícil? Odeio, inclusive, quando me perguntam quando eu vou receber alta, e eu apenas vos digo: NUNCA, caros, NUNCA.

É isso.
Apaga o cigarro no peito
e diz tudo.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Quente ou fria demais

Sou tão pueril quanto a morte.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ser Borderline

Bom, acho que não contei, mas, há um mês, mais ou menos tive uma crise. Não sei por onde começou e a que ponto chegou, não consigo me lembrar de quase nada, só do que as pessoas ao meu redor dizem, chocadas e/ ou decepcionadas comigo.
Pra mim, não cheguei a tanto, quer dizer, apenas não me lembro. Como disse anteriormente, não recordo, só sei que acabei na emergência do Hospital HMU pela milionésima vez, tomei haloperidol e de quebra, quase uma internação, se não houvesse intervenção do meu marido.

Depois, emergência do Vera Cruz onde peguei 15 dias de afastamento, recurso dado como opção para outra internação, desta vez intervida pela minha mãe.

Houveram desaparecimentos, beber sozinha num bar com bêbados falidos nunca vistos na minha vida, teve a 13 algumas vezes, carreiras grandes e sangue no nariz e cartelas inteiras de quetiapina para quebrar a bad da farinha. Disso me lembro.

Mas, por amor, voltei a tomar controladamente os remédios, parei de desaparecer e parei com a 13.
Não amor por mim, mas pelo outro, por Ele.

São 07h11 am, acordei com o meu marido para ele ir trabalhar. Fiz café e agora estou aqui, contemplando meu último dia de afastamento do emprego ouvindo Marisa Monte e tomando café.

Ontem, voltei ao Vera Cruz novamente, e tenho duas opções: terapia Hospital Dia ( internação de dia e a noite volta pra casa) ou voltar ao trabalho. Não sei se estou boa pra voltar pro trabalho, mas não quero fazer terapia hospital dia. Vamos ver o que rola, de qualquer forma tenho psicoterapia semanal e psiquiatra a 15 dias, então, vamos ver o que acontece.

Por isso, amanhã retorno ao meu posto de fotógrafa, eu estarei lá, isso me tortura,  não pelo meu trabalho, eu amo meu trabalho, amo fotografar. mas porque me entedia demais ver aquelas pessoas todos os dias, eu as enojo, de uma forma inexplicável.

Não tenho culpa de ser borderline, se pudesse escolher, escolheria ser como todas as outras pessoas, conformadas, falsas, de fáceis amizades, de rolês estúpidos, enfim, feliz ou triste estaria caminhando feito robô por aí, como a maioria.

Mas infelizmente, me entedia muito e não me conformo com esta vida. Não me conformo de ir ao mesmo lugar todo dia e ver gente que não gosto e que não gosta de mim. Ou me teme, sei lá.

Ouvi boatos de que estagiários não queriam falar o número de crianças pra mim na hora da foto porque tinham "medo" de mim.

Eu sou gentil, sou humana, e quem eu amo, tem o privilégio do maior amor do mundo.

Ser borderline não é só odiar, mas amar, amar mais que tudo nessa vida. Até doer. (de amor)

terça-feira, 30 de julho de 2013

distimia

Tá bom, mas então me conta o que eu posso usar no lugar pra ficar social e comunicativa?
o que eu posso fazer que vai me manter acordada e com energia?

tava pensando aqui, fazer uma lista.
mas nada me satisfaz.
odeio o papo furado das pessoas quando não estou pêga
não me atrai sair, ir pra uma mesa de bar com colegas de trabalho ou quaisquer que sejam. 

não sinto prazer na vida. sinto obrigações na vida. diárias.
agradar freneticamente quem eu amo, mesmo que isso me desagrade.
trabalhar mesmo sabendo que isso está danificando meu corpo e mente.

"mas porra, você não é jack kerouac" não, não mesmo. nem mesmo um lester bangs de merda escrevendo colunas envenenadas.

cara, as coisas estão difíceis hoje em dia.
se você não tem prazer em tomar uma cerveja com alguém que certamente irá falar mal de você pelas costas, 

você tem alguma disfunção.
 

"a repulsa sempre tem uma ponta de fascinação"

Essa é a lei da minha vida. amar até o infinito mas sem saber onde o infinito termina...

sábado, 27 de julho de 2013

quando encontrar a chave do meu coração...


sexta-feira, 26 de julho de 2013

COCAÍNA, HALOPERIDOL, DESTRUIR

Você pode entrar, e você pode sair
injetar mas diluir
cheirar pó na privada da sua casa

é tão estranho
que tornamo-nos todos estranhos

o haloperidol injetado na sua bunda
com uma seringa torta e enferrujada

é isso, apenas isso.

cocaína
haloperidol

 
neuroléptico, infartos, comas, irreversíveis.
 Dias parados no tempo, no tempo que a gente nunca determinou
podemos tentar correr
mas ele vem com um lençol branco furado nos olhos, saindo do guarda roupa durante a noite para nos pegar

hahahahahahahahahahahahahahahahahaha

choraremos como crianças, gritando, BERRANDO, GEMENDO, CATARRENTOS! não conseguiremos dormir!
ah,  e você sabe, você sabe o que é isso!!!

Desordem, anemia, tétano, fadiga horrores noturnos e bruxismo

vamos cheirar cocaina
e tomar haloperidol na bunda
no hospital mais podre da cidade onde mortos misturam-se aos vivos
e e pacientes parecem saladas em seus cobertores térmicos.


(x) Primeira opção em surtos agudos psicóticos em todo o mundo.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

10 razões para não acreditar no amor

Ser borderline é ter seu dia destroçado por um único gesto. Mínimo, pequeno, insignificante para muitos.
Mas não, Thais, não estrague o dia. Deixe de ser doente. Deixe de ser sentimentalmente barata. Não frite a carniça do seu coração para dar aos urubus. 
Não seja egoísta, você tem amor próprio (?) Ou deveria. 
Não precisa de migalhas, de carinhas felizes. 

Ah, Thaís, sempre se doando
Sempre se perdendo
Sempre deixando você para ser outro
que nunca deixará de ser ele mesmo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sempre querendo ser uma filha da puta

Até que a morte me separe deste corpo carnal, vou querer foder o cu até do diabo no quinto dos infernos
Assim como gosto de foder a minha alma
Assim como gosto de rasgar a sua cara
Assim como o gosto de vinagre ardendo os seus olhos

Eu sempre quero ser uma filha da puta
Uma puta sem perna, com sífilis e cheia de gonorreia.

Então, quando não há parasitas para me morder
Cavo um buraco onde possa encontrá-los
Com uma pinça os meto em minhas feridinhas

adoro senti-los andando pela epiderme
mordendo a carne e entrando no sangue

sempre querendo
me foder e sentir o gosto amargo
de não ser a melhor
nem mesmo da pior espécie.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Hoje é dia de escrever

Continuo com a distimia a cegar-me os olhos. Larguei o tratamento no hospital das clínicas tem uns meses e posso pressentir o efeito explosivo que isso acabará causando.
Daemon-Deus urra nos meus ouvidos uma canção de ninar, mas só ouço gritos..

Hoje tomei a dosagem de fluoxetina que meu último psiquiatra receitou, a dosagem máxima, 80 mg.
como se por um milagre fossem fazer efeitos de cocaína e assim me sentiria viva.

Nenhum efeito. nenhuma cocaína, nenhum sinal de agitação.
Odeio com todos os dentes fincados cada pessoa desse local. Elas são simplesmente patéticas e sem graça, todas terrivelmente debiloides.

Um monstro continua a crescer dentro do meu estômago, da vesícula, dentro do pulmão e invadindo o coração. O cerebelo permanece intacto na depressão diária, o cérebro escasso de dopamina.

A alma, essa sim é a única que transborda, tá cheiinha, toda embocetada.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Virose

A vida é um corte sintético na pele que alguém raramente aprecia. Não é pecado apreciar, de fato, mas não é agradável. A sensação é de afundar, sente-se comichões protoplasmáticas pelos poros. A célula mãe se desfaz em pedacinhos em uma operação obliqua. Nada disso é verdade. Contente-se com a enganação. Eu sei o que sou, uma barata apavorada vivendo sob ameaça de Kafka, uma Fleur murcha de Baudelaire no limbo; O padrinho do lixão!

 Uma coisa é certa, não sei o que está errado.


Nunca quero dar nada, mas quando dou, não é de graça. Sempre que eu posso, pego tudo de volta e estupro mais um pouco, chupo tudo que posso pra dentro das artérias. Normal, sou viciada em prazer e ele se localiza nas minhas vísceras. Poderia te tornar uma mercadoria apática por osmose, mas não ligo a mínima a pouca merda que sai pelo teu rabo. Já estou cheia desta sacanagem.

terça-feira, 30 de abril de 2013

An nichts

odeio amorzinho barato, ninguém compra coração na rua, no máximo um pinto ou uma boceta.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Para onde?

"Aqui é dor, aqui é amor, aqui é 

amor e dor:

onde um homem projeta seu perfil e 


pergunta atônito:


em que direção se v
ai?”





Adélia Prado: O Coração Disparado)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O amor fará de você a melhor pessoa do mundo

Acho muita dor de cotovelo posts e comentários do tipo "fulano não fez faculdade e pensa que é jornalista" "fulano não estudou e se intitula fotógrafo" "vão ler "fulano de tal" e depois conversem comigo" - Quem tem segurança no que faz não tem medo do trabalho de ninguém. Conheço muitas pessoas que não cursaram jornalismo e simplesmente têm o DOM. Escrevem maravilhosamente, muito melhor que muitas pessoas que fizeram 4 anos de curso. Curso não significa absolutamente NADA quando não se tem a pegada, ou quando simplesmente não é algo que faça parte da pessoa. Isso inclui QUALQUER PROFISSÃO, QUALQUER OFÍCIO. Pra você ser jornalista, vc tem que amar escrever, amar jornalismo. Não se formar em qqr faculdade independente se na UNG ou na USP ou PUC não quer dizer absolutamente NADA. Ninguém lá vai te ensinar a ser você mesmo, a inovar, a ser corajoso pra amar o SEU TRABALHO DA FORMA QUE VC O FAZ. Não existem regras quando o assunto é humanas. No fundo, nem em exatas. O que faz de você bom é o amor, o carinho, a sua vontade particular de querer "ser". TODOS PODEM SER TUDO AQUILO QUE SONHAREM....pensem nisso. Não se intimidem com comentários assim. Já vi foto de celular MIL VEZES melhor que uma foto de equipamento foda. Porque aquilo tinha olhar, tinha AMOR, tinha sentimento. E pra realizar algo é preciso disso, é preciso da cara e da coragem, é preciso APAGAR O CIGARRO NO PEITO e se orgulhar daquilo que é SÓ SEU, que vem de dentro da sua alma. TUDO QUE TEM SENTIMENTO É LINDO. TUDO. QUALQUER COISA. Por que é sincero. Lembrem-se, regras foram feitas para serem QUEBRADAS, Criatividade e sentimento foram feitos para serem USADOS.
NUNCA DEIXEM ALGUÉM DIZER que vc não é bom o suficiente naquilo que vc fez com amor, porque É MUITO MELHOR QUE ALGO que foi feito com obrigatoriedade. Não to dizendo que não é preciso estudar, claro que é, mas quem ama algo, corre atrás, pesquisa, se interessa e faz do aprendizado uma ponte pra sua criatividade e não uma simples copia frustrada e padronizada. É assim que eu penso, é assim que vivo, tanto minha vida pessoal quanto profissional. Não devemos nada a ninguém  somos nós mesmos, únicos com personalidades e pensamentos únicos, façamos disso um novo meio de vida, de inovar, de amar verdadeiramente e ser feliz; fazendo algo independente da opinião e/ou crítica de alguém. Graduação não faz ninguém melhor, interesse por algo, estudar e ser autodidata SIM. ESTUDEM aquilo que gostam  busquem melhorias naquilo que amam, por conta própria e serão muito mais felizes e farão um ótimo trabalho. Independente de instrumentos, de dinheiro, de condições de trabalho, O BOM está dentro de você e pode ser o melhor sem nenhum recurso extra. Li que uma mulher fez uma biblioteca com LIVROS ACHADOS NO LIXO. Uma garota passou em uma faculdade pública estudando sozinha com livros doados e encontrados, abandonados. Meu irmão fala fluente inglês e fez isso porque gostava, porque se interessou, e não porque foi obrigado. Fala melhor do que muita gente que fez 10 anos de cultura inglesa ou até mesmo que passou uns meses na gringa. Você precisa apenas AMAR e será o melhor, independente da opinião pública. Acredite, a maioria das pessoas dirão que você não é bom o suficiente com inveja do seu AMOR e DEDICAÇÃO por algo. Aprendi isso e levarei pra vida toda. Não menosprezo o amor de ninguém por algo: seja um hobbie ou acabe virando uma profissão, tenha amor e você será melhor do que qualquer um.
Pensem duas vezes antes de criticar alguém que faz algo e não tem estudo ou especialidade naquilo, ela pode ser muito melhor do que vc imagina.

Isso é válido para TUDO NESSA VIDA. Não tenham vergonha de amar algo porque as pessoas pensam que é tosco, que não vai dar dinheiro e etc. Você será um fracassado tentando seguir as regras, fazendo aquilo que não gosta e deixando de usar a sua mente. Se você ama teatro viva por ele, se você ama música viva por ela, se você ama artes, matemática, aberrações, marginalidade, coisas estranhas, coisas vistas como anormais, QUALQUER COISA: DEDIQUE-SE. Isso lhe trará amor próprio  admiração de uns e inveja de muitos, mas lembrem-se A INVEJA É FEITA DAQUILO QUE UMA PESSOA GOSTARIA DE SER E NÃO CONSEGUE OU NÃO TEM CORAGEM DE SER. Não percam a autoestima com comentários maldosos e invejosos, essa pessoa certamente nem sabe do que gosta, não tem criatividade, segue regras estabelecidas e vê o mundo quadrado. Ela tem inveja de você, por mais subconsciente que isso possa ser. Fique feliz com as críticas quando fez algo com amor, preocupe-se somente quando fez algo que não gostaria de ter feito, algo que alguém mandou, se ficar ruim não é culpa sua. Do contrário de Susan E. Hinton, eu acredito que o que é DOURADO FICA. e o AMOR, ele é dourado.

terça-feira, 16 de abril de 2013

no cabaré verde em março

A senhora careca varre seu quarto às onze da noite com os peitos de fora.
A janela de vidro quebrada, um rombo e uma cortina suja para tampar a feiura que vinha da sua solidão.
As putas vomitam a tristeza em quartos sebentos, os travestis preferem dar o cu na estação da Luz.
A puta-mãe acorda cedo e senta na escada imunda,  procura um velho porco que lhe ofereça 20 reais por uma chupada. Seus olhos tristes e sua roupa pseudo elegante me permite a pena.
Os corredores vazios de amor e cheios de dor, flores de plástico empoeiradas, vidros coloridos quebrados, pílulas do dia seguinte e camisinhas usadas jogadas no telhado da igreja ao lado.
A velha careca sai pelada com uma arma na mão ameaçando matar os drogados cheirando pó na sua porta. Exige o mínimo de dignidade no seu doce, doce lar.

Quanto amor e dor no cabarézinho do Brás.
Eis que me perdi na tontura de viver sob esse céu fumegante.
Cantando e chorando, enquanto esperava sozinha por algo.

Minha casa, meu cabaré, meu universo submerso no vão da sarjeta de São Paulo.