sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

preciso dizer que...

O amor mais profundo que já senti na minha vida foi por uma pessoa que eu nem conhecia. Eu ouvia falar num tal de "Johnny Thunders de Campinas" e de repente, eu estava fascinada por ele. Eu tinha dezessete anos, e ninguém é sério aos 17. Nem ele. Muito menos ele...me parecia tão diferente, na multidão ele era! E eu já o amava antes mesmo de ver seu rosto, antes de saber como ele era. Sabia que era inteligente e muito exagerado. Quando o conheci, lá estava, parado debaixo da janela do Evolução e meu deus, como o amei! E quando desci para finalmente, estava tão nervosa que não conseguia dizer uma única palavra. Eu ficava só parada, encostada pelos cantos, tentando observa-lo sem que percebesse.
E o amor mais puro e profundo que eu poderia sentir vai ser eternamente dele.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

[Amor, destrói o melhor de nós]

Ainda assim, mantenho vivo
Perdido em um frame oco
Com lágrimas que permanecem solitárias
Sem saber se nossa vida vale.


Eu fui na consulta hoje, preciso de um remédio mais forte. Amytril é pouco eficiente. Estou tentando caminhar sem ajuda, ser mais honesta comigo. Eu já nem sei mais quem sou, não me lembro de nada que seja apenas meu, que não tenha um pouco de alguém. Estou me sentido triste e sozinha, entretanto, tentando ser forte, tentando parar de incomodar as pessoas com as minhas carências. Estou me sentindo muito triste, e qualquer coisa não pensada parte meu coração de uma forma avassaladora.
Minha fragilidade é tanta, que não tenho mais forças para me defender, não consigo mais gritar ou relutar, já não consigo mais nem levantar a voz. E assim, penso, vou morrendo aos poucos. É como li uma vez. Todo dia uma emoção morre dentro de nós. Se você ri, é uma emoção que morreu. E assim por diante. Todo dia eu estou morrendo um pouco.

domingo, 14 de dezembro de 2008

CRAWFISH

[Domingo]

Sinto me machucada. Não por fora, dentro. Andei tanto de ônibus, não cheguei em nenhum lugar. Dormi em cima da minha ferida. Eu sinto explosões no cerébro, como as explosões de farinha. Sinto que sou um prédio novo, desabando.
Ás vezes entendo o por quê de ninguém absorver o que tenho feito de bom, ou as minhas boas intenções, o meu verdadeiro interesse em ser gentil, em ser útil, em ser boa. É porque talvez eu não tenha nada de bom a ser absorvido mesmo, só ruim. Eu sou uma má pessoa, má. Não tenho boas intenções, não tenho interesse por nada, principalmente em ser gentil ou útil.

Sinto me tão triste, mas ninguém sabe, nem vê.
Sinto me fraca e desorientada.

Hoje sou um poço de dramas, sem fundo.


But just before the dawn
I awake and find you gone
I can’t help it, I can’t help it if I cry
I remember that you said goodbye

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Acordar no meio da tarde, de ressaca, olhar sua cara arrebentada no espelho. Sozinho em casa, sozinho na cidade, sozinho no mundo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

sweet prince

[02 de junho de 2005, quinta]

Você está sozinha?
Totalmente.
Totalmente?
Não parcialmente.
Você conhece um sweet prince?
Conheço!
Era pra deixar sua vida melhor, né?
Como assim?
Você sabe, viver feliz para sempre e tal...
O meu sweet prince não é convencional.
Quem é?
O meu?
É.
Você.
Eu sou amargo. Não sou sweet e muito menos "prince"
Pra mim você é.
A gente acaba amando mais o amor do que o objeto desejado.
Você acha isso? Hein?
Não quero acreditar...mas acredito.
Eu gosto de você de qualquer jeito.
Se você me conhecesse de verdade não ia gostar de mim.
Como você pode ter certeza?
Porque é sempre assim. E eu acabo sozinho. Eu tenho medo de você me conhecer e não gostar mais de mim. Eu gosto de ser gostado.
Todos gostam.
Sinto falta de ter fotos com você. Às vezes fico olhando aquela sua foto fazendo jóia, tá linda!
Tá horrivel.
Você se acha feia e burra?
Sim...
Não conheço mais ninguém que saiba que Pergunte ao pó não é sobre farinha. E que usa lenço de bolinha e sabe que isso é legal.
E você usa gravatinha curtinha!
Outros caras também usam...



E você é meu sweet prince não convencinal para sempre, tá?