quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mentir ou calar?

Absoluto.

Talvez eu não seja o meu absoluto, e procure por ele. Sinto-me azeda por ser quem sou, canso da voz que sai do fundo do amâgo, que ecoa nas paredes e volta para mim, como um copo estilhaçando no chão: rasga os pés descalços.

Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.
Aprender a calar-se quando queres dizer verdades.

Mas se a dor de calar é tão insuportável, tente outra saída.
Essa é a lição do dia: Verdade é má, Verdade é errada.

então, MINTA!

sábado, 25 de abril de 2009

GALARIA OLIDO

Exposição mostra cotidiano de edifícios desapropriados em SPDa Redação
A certidão do habite-se é um documento que atesta que um imóvel está em condições de ser habitado, de acordo com a prefeitura. A exposição de mesmo nome, aberta ao público a partir desta quinta-feira (16) em São Paulo, é um conjunto de fotos, vídeos e cenografia que mostra o cotidiano de dois prédios desapropriados na região central de São Paulo, o São Vito -- conhecido popularmente como "Treme-treme" -- e o Mercúrio.



Fotografia mostra edifício Mercúrio, na região central de São Paulo, desapropriado em 2008. Imagem integra exposição na galeria Olido, em São Paulo, com fotos, vídeos e cenografia relacionados ao desapropriamento de dois prédios na capital paulista

VEJA MAIS FOTOS DA EXPOSIÇÃO "HABITE-SE", EM CARTAZ NA GALERIA OLIDO, EM SP

A mostra é composta por 48 fotos, vídeos com registros da rotina e depoimentos de moradores dos prédios, além de cenografia que busca retratar um apartamento dos edifícios desapropriados pela prefeitura nos últimos cinco anos. Segundo um dos fotógrafos que participa da mostra, Paulo Fehlauer, integrante do coletivo Garapa, "a ideia é discutir políticas públicas, revitalização do centro".

"Habite-se" é a reunião de um trabalho em vídeo que começou a ser realizado pela documentarista Camila Mouri em 2003, junto ao de fotógrafos que ela convidou, na época, para retratar a desapropriação do edifício São Vito, e de outros que se uniram depois ao projeto, como o coletivo Garapa -- que fotografou o prédio vizinho do São Vito, o Mercúrio.

De acordo com Fehlauer, a ideia inicial era fotografar os moradores do São Vito após deixarem o edifício, "ir atrás dessas histórias", mas com a consequente desapropriação do Mercúrio, no início de 2009, o foco mudou.

Além de Camila e do Garapa, participam da exposição os fotógrafos gUi mohallem, Antonio Brasiliano, Fabiano Cerchiari e a responsável pela cenografia Veronica Arias. A curadoria é de Rita Toledo Piza.

Na exposição estão dispostas fotografias dos prédios, habitados e desapropriados, vídeos com registros da rotina dos moradores dos edifícios e um ambiente cenográfico inspirado nos apartamentos desses prédios. Nesse local, aparelhos de televisão transmitem depoimentos dos moradores do São Vito e do Mercúrio.


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"HABITE-SE"
Quando: 15/4 a 30/5. De ter. a sex., das 12h às 20h30; sab., dom. e feriados, das 13h às 20h30
Onde: galeria Olido (av. São João, 473. Tel.: 0/xx/11 3334-0001)
Quanto: entrada franca

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Let's go out and make it happen

Eu me sinto apática, principalmente em noites frias de clomipramina. Ah, vocês foram embora agora: ficou tão vazio...restou a bagunça da casa, tudo como vocês deixaram, não arrumarei.
Meus pulsos ainda estão feridos, mas não faz mal, Ele cuidou de mim e secou minhas lágrimas mais tristes. O que há la fora? Sempre diz que nada de importante, tudo está aqui dentro, tudo que mais preciso está aqui e para sempre.
"Know my heart's black
Cause i gotta go"

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Se você morasse aqui, já estaria em casa

"As pessoas perguntam: como você foi parar lá? - O que querem saber na verdade, é se existe alguma possibilidade de também acabarem lá. Não sei responder à verdadeira pergunta. Só posso dizer: é fácil."


Esse é um trecho do comecinho do livro que eu comprei ontém (espero que não me dê um acesso de compras compulsivas: mais um tipo de preenchimento desenfreado do vazio eu não aguento) enfim, o livro tá tão interessante, estou me alimentando de páginas e páginas a cada brecha que encontro entre as horas chatas do meu dia...
Ah, esqueci de dizer o nome do livro: Moça Interrompida, de Susanna Kayssen. E sim, o filme garota interrompida foi baseado no livro. Mas digo logo de princípio: o livro é muito mais interessante. (Mas se assistir o filme antes de ler o livro, como eu, você vai imaginar todos os personagens com o rosto dos atores, e os lugares como os cenários utilizados, mas não sei se isso é uma vantagem ou desvantagem)
Toda vez que eu leio um livro muito interessante não quero que ele termine. Como exemplo "O gato por dentro" do William Burroughs, outro livro emocionante é Outsiders - Vidas sem rumo, de Susan E. Hinton. São livros que você não deseja ver a página final, mas ao mesmo tempo não consegue parar de ler. Fazia tempo que não sentia essa fome de ler, e isso estava me deixando mal...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ti-ti-ti-ti-tips


Quando eu fico muito tempo sem ouvir música me sinto doente. Sim, doente: sem ar, febre, e-coisa-e-tal. É como uma dependência: eu só tenho sentido com o barulho de alguma guitarra. E é...eu acho que é isso! Meu mp3 está sem pilha, essa merda. Não sei onde enfiei o carregador, estou há dias sem ouvir música. Ontém mesmo, voltando da faculdade eu estava pensando nisso, que falta faz! O que sou nesse silêncio? No silêncio das horas e no silêncio dos não-lugares quase vazios com o escurecer, o que sou? (...)
Mas quando ouço música, sou o que eu quero ser, o que nunca fui, o que nunca serei, e enfim o verbo torna-se presente: EU SOU.
Estava cansada de nada ser estes dias, liguei o rádio do escritório onde trabalho, um toca-fitas de carro ligado numa caixinha de som. Dá pro gasto.

The sky is blue
My hands untied
A world that's true
Through our clean eyes
Just look at you
With burning lips
You're living proof
At my fingertips

ti-ti-ti-ti-tips!
la la la la la la la la-lalala-lala
la la la la la lalaláááá...


( tava tocando bunnymen! ah...bunnymen...)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Eu: brilhante, excessiva e decadente.


Talvez o que eu realmente precise é me dar conta do que sou. O que sou?
Tenho vinte e um anos, gosto de andar pelo não-lugar decadente, não consigo prestar atenção em nada porque sou impaciente. Anseio, anseio o dia todo, isso faz com que eu abra feridas com palavras frias, depois de chorar sem saber o motivo pelo qual, eu me sangro. Auto-mutilo meu coração, em farrapos. No dia seguinte invento boas (ou péssimas) explicações para quem pergunta o que aconteceu com os pulsos. Sim, sempre há alguém que pergunta, mesmo aqueles que sabem, perguntam por sadismo.
Talvez devesse eu sentir-me culpada ou arrependida por provocar-me marcas para toda a vida, mas não sinto remorso algum, e minto quando digo que sinto, porque o senso comum sentiria, mas eu não. Digo, sinto-me terrilmente envergonhada logo após uma dessas insondáveis crises, porque no fundo nem sei ao certo o que realmente eu ganharia com aquilo...Tudo que eu queria era apego, afeto, que nunca enche-me por completo, minha necessidade é tão grande que transbordo um vasto vazio. Não sinto culpa, só vergonha.
Eu, Thaís, sou brilhante quando ganho, excessiva quando amo e decadente quando perco. Talvez eu seja mais uma garota mimada, que só quer atenção e não tenha levado tantas boas surras quando era criança, ou talvez não...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Eu fiz tudo pra você gostar...






Tantos poemas que perdi. Tantos que ouvi, de graça, pelo telefone - taí, eu fiz tudo pra você gostar, fui mulher vulgar, meia-bruxa, meia-fera, risinho modernista arranhando na garganta, malandra, bicha, bem viada, vândala, talvez maquiavélica, e um dia emburrei-me, vali-me de mesuras, era comércio, avara, embora um pouco burra, porque inteligente me punha logo rubra, ou ao contrário, cara pálida que desconhece o próprio cor-de-rosa, e tantas fiz, talvez querendo a glória, a outra cena à luz de spots, talvez apenas teu carinho, mas tantas, tantas fiz...
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[Ana C.]

quinta-feira, 2 de abril de 2009

E esperando...

"Te amo ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade"



E eu caio na dor de te perder entre meus dedos, Ah! Tô aqui sem medo, morrendo de saudade, enquanto percorro o mesmo caminho a cada pedaço do dia, sofro a ausência da tua presença, marquei o braço com os segundos que faltam para você chegar e me abraçar sem jeito, com seu cheiro, seus braços, seus passos, seus passos diante de mim, nossas idéias afins...