sexta-feira, 12 de julho de 2013

Hoje é dia de escrever

Continuo com a distimia a cegar-me os olhos. Larguei o tratamento no hospital das clínicas tem uns meses e posso pressentir o efeito explosivo que isso acabará causando.
Daemon-Deus urra nos meus ouvidos uma canção de ninar, mas só ouço gritos..

Hoje tomei a dosagem de fluoxetina que meu último psiquiatra receitou, a dosagem máxima, 80 mg.
como se por um milagre fossem fazer efeitos de cocaína e assim me sentiria viva.

Nenhum efeito. nenhuma cocaína, nenhum sinal de agitação.
Odeio com todos os dentes fincados cada pessoa desse local. Elas são simplesmente patéticas e sem graça, todas terrivelmente debiloides.

Um monstro continua a crescer dentro do meu estômago, da vesícula, dentro do pulmão e invadindo o coração. O cerebelo permanece intacto na depressão diária, o cérebro escasso de dopamina.

A alma, essa sim é a única que transborda, tá cheiinha, toda embocetada.