Aperto o telefone contra o peito. Virgem de afeto, acho que de tanto que passamos de mão em mão, acabamos assim, virgens, pequenos, e tão inocentes quanto sujos.
E enquanto riem de você por cortar-se com giletes cegos, choramos por incompreensão. Dói, não é? O mundo partido ao meio, uma facada no estômago. O "EU" está tão cansado! EU, EU, EU, EU. O que mais além de "eu"? O que há de errado? Por que do outro lado da linha a voz diz não posso, não dá, outra hora, quem é você? Sable Starr também sofre com seu livro de recortes nas mãos, tantos beijos a quem prometeu não prometer nada, tanta saliva e tanta dor. O mundo não merece nossa pena.