Minhas personagens são sempre fêmeas. Digo, femininas... [femininas ou não, são do sexo feminino] Eu às vezes sou minha personagem. Pisando em um chão de isopor colorido, que pode quebrar a qualquer momento. A louca e a sã, a boa e a má, a oito e a oitenta.
Princesa e puta, não dou a mínima aos clichês - eu sou um grande clichê - Clichê da cocaína, da codeína, do café, da rua invadida por ratos, de sexo barato, de garrafas amargas de conhaques falsificados. Sou minha protagonista numa novela que ninguém vê: vinte anos ou quarenta, quem é você?