quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Estou sorrindo porque sempre supunho demais.


Il ne faut jamais désespérer





Amei em demasia,
confesso. Jorrei toda cólera concentrada em meu peito. Agora todo meu liquido suja o seu corpo limpo. Penso em você como vida. Eu sou toda a morte. O amor que depositei dentro do seu corpo, esse amor não tem comparação.
Eu digo: "Escuta aqui, meu bem, não há mais o que fazer, você trepou por cima de mim, agora é melhor morrer de alguma doença das boas. Eu não brilho mais, mas você, você é toda fonte de vida que eu conheço."
Vejo-te pegando um cigarro naquele maço amassado, no bolso traseiro da calça suja, vai logo dizendo: "Você chama isso de vida? Como acha que eu me sinto?" então você desaba a rir, esporra merda sobre mim, sobre minha mente estúpida, sobre toda minha crueldade.

Não importa o que aconteça estamos juntos. Não importa o quanto você se afaste. Há um laço eterno entre nós. Você é minha vida e eu sou a tua morte.