quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu tô até passando mal...

Como pode, tudo ficar assim, tão banal? Toda a cerveja e essas manias, todas essas drogas, e esses carinhas - tentando impressionar cheirando farinha - como pode, todo meu suor e todo meu amor, como pôde ficar tudo tão sem cor? - Escrevo poemas sujos, em portas de banheiros públicos. Choro com uma caneta cravada nos punhos.
Arrancaram os dentes de todas as bocas fodidas, uma delas era a minha, que gritava não àquela porra de anarquia. Quem foi que a inventou, quem a injetou no âmago de minha pupila?
Tento me enganar, fingindo acreditar em todas as rimas patéticas que leio por aí. É que hoje em dia todo mundo é ator e todo mundo é poeta, só esqueceram que o palco é uma grande mentira, e ninguém,

Ninguém,
.........................NINGUÉM,

Tá nem aí pra merda.